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Conde também quer taxa para segurança pública no Rio
Do Diário do Grande ABC
27/10/1999 | 18:59
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O prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL), defendeu nesta quarta-feira duas propostas polêmicas para a área de segurança pública: o uso de armas por guardas municipais e a cobrança de uma taxa ou um imposto indireto, cuja arrecadaçao seria destinada para aparelhar a polícia, a exemplo do que nesta quarta-feira está sendo discutido pelo governo de Sao Paulo. Nesta quinta, o prefeito deverá encontrar-se com representantes do governo estadual para discutir as duas questoes.

"A área de segurança pública precisa de dinheiro para comprar viaturas e modernizar as delegacias", disse Conde, que nao definiu como seria a cobrança da taxa para financiar a segurança. As duas propostas foram apresentadas na abertura da conferência internacional sobre violência e segurança pública, no Museu Nacional de Belas Artes, no centro do Rio, que reúne até amanha (28) especialistas brasileiros e estrangeiros, entre eles o ex-chefe da Polícia de Nova York Louis Anemone.

Conde disse que vai pedir ao governador do Rio, Anthony Garotinho, a autorizaçao para que um grupo de 160 guardas municipais passem a usar revólver calibre 38. Segundo ele, esses homens seriam destacados para cuidar da segurança entre o horário das 18h às 23h em áreas críticas da cidade, como Parque do Flamengo, Quinta da Boa Vista e Parque Nacional da Tijuca, onde a políca registra um grande número de assaltos e roubos de carros. A idéia, para entrar em vigor, precisa ser aprovada pela Câmera de Vereadores.

A Lei Orgânica do Município que regulamenta o serviço da guarda municipal prevê que ela cuide do policiamento da cidade sem a utilizaçao de armas, exceto os guardas que trabalham na segurança da casa do prefeito, na Gávea Pequena, na zona sul do Rio. "Acredito que o governador simpatizará com essa proposta", afirmou Conde.

A idéia de guardas armados nao agradou ao sub-secretário de Segurança e coordenador de Justiça, Defesa Civil Cidadania, Luiz Eduardo Soares. "A Guarda Municipal desarmada representa um exemplo de que podemos cuidar da segurança apenas respeitando os direitos do cidadao sem precisar empunhar uma arma", ressaltou Soares.

Já o secretário de Segurança Pública, coronel Josias Quintal, ressaltou que as duas propostas nao estao, no momento, na pauta de discussao do governo estadual, mas que poderao ser analisadas e talvez adaptadas à realidade da violência do Rio. "O governo está aberto a sugestoes", disse.




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