A família de Ingrid Betancourt, ex-candidata à presidência da Colômbia e seqüestrada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), pediu que o presidente Alvaro Uribe volte atrás e dê ao presidente venezuelano Hugo Chávez o papel de mediador com a guerrilha.

A família insiste em que Chávez continue pedindo as Farc provas de que Ingrid está viva.

Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata, quer que Uribe volte atrás na sua decisão de interromper a mediação de Chávez, na troca dos 45 reféns por 500 rebeldes presos na Colômbia.

Já o marido de Ingrid, Juan Carlos Lecompte, e o filho dela, Lorenzo Delloye, criticaram Uribe e pediram que Chávez continue seu trabalho em busca de provas de que ela ainda está viva.

"Peço que volte a colocar o projeto em mãos seguras, nas mãos do presidente Chávez e do presidente francês Nicolas Sarkozy que, com certeza, estão trabalhando para nos ajudar", disse Pulecio nesta sexta-feira ao canal estatal VTV.

Chávez foi designado mediador no dia 31 de agosto por Uribe. Entretanto, o presidente colombiano pôs fim a essa mediação na noite de quarta-feira, alegando "falhas no método" e falta de discrição.

Sarkozy, empenhado na liberação de Betancourt, de nacionalidade colombiana e francesa, tem apoiado a mediação de Chávez.

Apesar da decisão de Uribe, Chávez pediu, na noite de quinta-feira, ao líder da guerrilha das Farc, Manuel Marulanda, que envie provas de que os reféns estão vivos.

O marido de Betancourt afirma que comitês de apoio na França e na Bélgica, além de militantes dos partidos Verde, Socialista e Comunista, irão realizar um protesto diante da embaixada colombiana em Paris.