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Funcionários de franquias protestam
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
15/09/2010 | 07:20
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Enquanto o impasse das licitações das lojas terceirizadas da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) prossegue, 2.000 funcionários de agências da região metropolitana de São Paulo e Interior reuniram-se ontem no centro de São Paulo em manifestação que durou parte da manhã.

"Somos contra o plano de contingência da empresa que prevê abertura de agências e contratação de funcionários temporários para garantir o atendimento ao público após 11 de novembro, quando parte das franquias poderão fechar", afirma o secretário-geral do Sintelpost (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Logística Postal no Estado de São Paulo), Guilherme Simão.

A proposta do encontro foi decidir se os funcionários fariam ou não greve até obter garantia de manutenção do emprego. Simão explica que a entidade vai esperar assembleia do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Similares de São Paulo) para decidir se haverá paralisação.

Escolaridade - De acordo com o secretário do sindicato, outro ponto preocupante dos novos contratos é a exigência de Ensino Médio completo dos funcionários das franquias.

"Temos milhares que não têm esse grau de escolaridade. Eles correm risco de demissão." Simão diz que a entidade participou de reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, que garantiu à categoria que não haverá dispensa de profissionais.

A entidade também encaminhou ofício ao Ministério do Trabalho e Emprego para marcar encontro com o representante da Pasta, Carlos Lupi, e apresentar o assunto em discussão ao ministro.

O Sintect-SP também fez encontro com funcionários concursados do Correios para debater medidas de como pressionar a ECT a contratar mais trabalhadores. O secretário-geral Ricardo Adriane avalia que 6.565 funcionários não vão suprir a demanda. "Seriam necessárias 15 mil pessoas. Também cogitamos parar as atividades", dispara o sindicalista.




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