O achado é ainda mais importante porque os únicos restos anteriores encontrados desse animal eram ``molares mal preservados', como explicou o zoólogo Orangel Aguilera, que participou da expediçao. A descoberta aponta elementos que apoiam a hipótese da existência do rio Paleo-Orinoco-Amazonas, um grande rio de planície que correria paralelo à cordilheira dos Andes e desembocaria no mar do Caribe, precisamente na altura de Urumaco.
``Os espécimes da fauna encontrados em Urumaco, uma zona árida, sao do mesmo período e muito semelhantes aos que foram encontrados em uma regiao do Acre, fronteira de Brasil com Peru, que hoje é uma selva tropical. Isso fortalece a hipótese do Paleo-Orinoco-Amazonas', disse Aguilera.
Além do roedor, foram encontrados esqueletos de crocodilos, de gaviais (animal semelhante ao crocodilo, mas com o focinho mais longo e estreito) e crânios de bagres que coincidem com crânios de bagres descobertos no Brasil e outros crânios descobertos na fronteira de Peru e Brasil, na regiao do Acre.
O esqueleto do roedor foi levado ao Museu Paleontológico de Coro, onde há um centro de pesquisas de arqueologia, antropologia e paleontologia. O achado será submetido a uma micropaleontologia para determinar com exatidao a idade.
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