Uma missa celebrada pelo arcebispo de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, marcou a solenidade de transferência, acompanhada por centenas de devotos da freira que dedicou mais de 50 dos seus 78 anos de vida à caridade, ajudando doentes pobres abandonadas nas ruas de Salvador, que recolhia e internava no Hospital Santo Antonio.
Dom Geraldo preside na capital baiana o tribunal da Igreja (integrado também por dois representantes do Vaticano), criado no início do ano para estudar a proposta de beatificaçao de Irma Dulce. No momento, os membros do tribunal estao colhendo os relatos e provas de graças alcançadas a partir de oraçoes feitas à freira. "Sao 400 casos, dos quais vamos selecionar os mais autênticos, que podem ser considerados milagres para enviarmos à Santa Fé", contou Dom Geraldo.
Dois desses casos estavam representados na missa desta sexta nas pessoas de Maria Neri e Mário Laerte, testemunhas de supostas curas praticadas por Irma Dulce. Maria afirma que o marido praticamente perdera a visao nos dois olhos em conseqüência de doença grave. "Implorei a intervençao de Irma Dulce por três dias seguidos e meu marido recuperou 90% da visao", relatou. O engenheiro Laerte garante ter sido curado de um câncer e cirrose hepática graças à freira baiana. Como agradecimento, pretende caminhar de Salvador a Aparecida (SP) divulgando a obra da religiosa.
Logo que foi colocado na Capela de Santo Antonio, o esquife com os restos mortais de Irma Dulce virou atraçao religiosa para seus admiradores: uma fila de 300 pessoas se formou no final da manha, no lado de fora do Hospital Santo Antonio, para visitaçao.
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