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Governistas se rendem à CPI do conselho tutelar em Diadema
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
18/09/2009 | 07:02
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Sem chance de qualquer manobra para derrubar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Conselho Tutelar em Diadema, criada há uma semana, a bancada de sustentação do governo Mário Reali (PT) votou ontem a favor do decreto legislativo que regulamentou seu funcionamento.

A CPI será composta por cinco vereadores (presidente, relator e três integrantes), que serão indicados pelos partidos, seguindo a proporcionalidade. O prazo para os trabalhos será de 45 dias, prorrogáveis por mais 30, que só começará a ser contado a partir da formação da equipe de trabalho.

O presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), encaminhará os ofícios para que as legendas indiquem seus representantes. "Vamos apurar em prazo recorde", garantiu o petista, em discurso inflamado na tribuna, sem poupar farpas à imprensa. "Não vamos ser pautados por jornais", alfinetou.

A exaltação de Maninho foi causada pelo fato de a CPI ter sido votada e aprovada por requerimento na sessão do dia 10, com mais de um terço dos votos, conforme previsto na LOM (Lei Orgânica do Município) e no Regimento Interno. E pior: com o aval de três governistas - Regina Gonçalves e Milton Capel (ambos do PV) e Talabi Fahel (PSC).

A estratégia era reverter o processo durante a semana, mas as consultas a especialistas e às legislações municipais mostraram que seria impossível.

O Diário apurou que até mesmo o chefe do Executivo teria dito que uma vez aprovada a CPI o governo não poderia dificultar a investigação. Os petistas, além de PCdoB e PMDB, seguiram à risca. A decisão pelo ‘sim' saiu na manhã de anteontem, durante reunião entre os vereadores governistas.

"Queremos entender a razão das diferenças das zerésimas (operações que comprovam a inexistência de votos gravados na memória da urna) com as assinaturas e o número de votos", adiantou Lauro Michels (PSDB), autor do pedido de CPI. A última comissão instaurada na Casa foi há oito anos.




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