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Busca por profissionais mais qualificados não aumentou
Da Agência Brasil
14/05/2010 | 07:00
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De acordo com o pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Sandro Sachet de Carvalho, não há, no curto prazo, tendência de aumento da demanda por profissionais mais qualificados no mercado nacional.

Ele levou em consideração a atual estrutura da economia do País, voltada para a exportação de commodities, e a desestabilização das economias da Europa e dos Estados Unidos, países compradores de produtos industrializados.

"Isso é consequência da estrutura da economia brasileira. As empresas não exigem grande qualificação. Tem havido um aumento da oferta, mas não há, em contrapartida, um aumento da demanda por esses profissionais de nível superior", ressaltou.

Para que a mão de obra qualificada seja mais valorizada no País, Carvalho diz que é preciso desenvolver política industrial. "Não podemos ficar presos a essa condição de fornecedores apenas de matéria-prima e de serviços com pouca qualificação. É preciso investir na qualificação e, ao mesmo tempo, em uma política para aumentar a demanda por essa qualificação."

Estudo do Ipea diagnosticou que as maiores evoluções de renda foram para trabalhadores menos qualificados que, tradicionalmente, ganham menos. Para os agricultores, a alta foi de 21,15%, entre 2002 e 2008. No período a renda cresceu 7,59%. Ao contrário das classes com menos estudo, os trabalhadores mais qualificados tiveram fraca evolução nos ganhos.




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