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Pinheirinho cobra rodízio de veículos em Sto.André
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
04/08/2010 | 08:50
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Santo André poderá aderir em breve ao rodízio de veículos. Por não suportar mais o trânsito "caótico", o vereador Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho (DEM) protocolou ontem na Câmara indicação ao prefeito, Aidan Ravin (PTB), solicitando estudo para a implantação do sistema. Foi a primeira sessão após o recesso parlamentar.

"Não dá para trafegar na cidade em horários de pico", justifica o autor da matéria. Pinheirinho projeta intervenções revolucionárias no sistema viário do município. "Em longo prazo teremos a necessidade de ter malha viária acima (geograficamente) da já existente. Seria o fura-fila de carros e motos", vislumbra.

Apesar de na indicação constar a solicitação de estudos restritos a Santo André, Pinheirinho anuncia que conversará com os demais prefeitos do Grande ABC e com o Consórcio Intermunicipal, por entender que o rodízio não vingará se contemplar apenas seu município. "Esta tarefa será concentrada em Mauá, Ribeirão Pires e São Bernardo."

A discussão sobre a implantação do rodízio em Santo André não é novidade. Em 2008, o vereador Paulinho Serra (PSDB) convocou audiência pública para debater o tema. Na época, o então prefeito João Avamileno (PT) descartou a possibilidade justamente pela recusa dos municípios vizinhos em aderir ao sistema.

Repercussão - Pinheirinho diz não se incomodar com a possível repercussão negativa de sua proposta junto à sociedade. "Cinquenta por cento é contra e 50% a favor. Corro o risco porque do jeito que está não dá mais."

A polêmica propositura repercutiu entre os pares na sessão. O presidente da Casa, Sargento Juliano (PMDB), disse ser necessária ampla discussão sobre o assunto, mas garantiu que se o rodízio for implantado respeitará o sistema.

"No Interior andava a pé, a cavalo e de carroça. Então, pegar ônibus para mim é um privilégio", declarou o peemedebista, sem se importar em ter de deixar o carro em casa uma vez por semana.

Antes favorável à ideia, Paulinho Serra mudou o posicionamento, e vê a medida como paliativa, além de inviável por considerar a questão regional. "Santo André e São Bernardo têm o tráfego complicado, mas não é o que ocorre em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. As cidades não têm divisas e não dá para impedir o motorista de Ribeirão de entrar em Santo André."

Aproximadamente 1 milhão de veículos circulam diariamente em Santo André. A frota municipal é composta por 400 mil veículos - os restantes utilizam a cidade como passagem.




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