Pela primeira vez desde sua chegada a Matignon (sede do Governo francês), em 1997, Jospin irá a essas duas nações sul-americanas, respondendo, em primeiro lugar, a um convite do presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.

Desde que assumiu o cargo, já visitou países como Rússia, China, Estados Unidos, Japão, Canadá, além da Africa. Em junho viaja à África do Sul e, talvez, à Índia.

Visitará o Brasil e a Argentina em companhia de uma delegação composta dos ministros: Hubert Védrine (Relações Exteriores), Charles Josselin (Cooperação), Roger Gérard Schwartzenberg (Pesquisa), Jean-Luc Mélenchon (Ensino Profissional), e François Huwart (Comércio Exterior), além de 20 empresários.

A delegação empresarial testemunha a vitalidade das relações comerciais entre os dois países. Estão entre eles: Jean-Paul Béchat (SNECMA), Charles Doux (Poulets Doux), Gérard Mestrallet (Suez-Lyonnaise des Eaux), François Roussely (EDF), Louis Schweitzer (Renault), Henri Proglio (Vivendi Environnement) e Charles Edelstenne (Dassault).

O Brasil é o segundo país emergente depois da China e do Magreb em importância em investimentos franceses e representa um interlocutor importante para a França, segundo comentários em Matignon.

Mas, além das relações bilaterais comerciais, o Brasil é para Paris um "ator global".

Em primeiro lugar por sua posição dominante no Mercosul, que festejou o décimo aniversário dia 26 de março.

Em seguida, devido à "visão globalista do presidente FHC", de acordo com as informações.

Jospin chegará a Brasília na noite de quarta-feira. No dia seguinte se reunirá com o presidente Cardoso no Itamaraty, quando assinarão acordos de cooperação em matéria de pesquisa, de cooperação e de formação profissional.

Depois irá a São Paulo, onde se encontrará com a prefeita Marta Suplicy, a quem conhece bem.

Em São Paulo conhecerá problemas de desenvolvimento social dos bairros e controle da gestão urbana enquanto que no Rio de Janeiro, terceira etapa da viagem brasileira, Jospin abordará a questão da globalização.

Sábado irá a Buenos Aires para participar de um jantar oferecido pelo presidente argentino Fernando de la Rúa.

Domingo á noite regressará a Paris.