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Padre atacado: delegado não descarta hipótese de crime político
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
11/12/2007 | 08:43
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O delegado do 2º DP de São Caetano, Marco Antônio Álvares Barreiras, responsável pela investigação do assalto e agressão ao padre Geraldo Vicente Voltolini, ocorridos na noite de sábado, não descarta a hipótese de crime político. Porém, enfatiza que o fato será tratado, primeiramente, como crime comum. “Pode ou não ter relação com outros fatos. Mas é prematuro fazer qualquer analogia.”

O religioso chegou a receber coronhadas, passou mal e foi internado domingo no Hospital Beneficência Portuguesa, recebendo alta no mesmo dia. Desde então, o paradeiro do sacerdote e seu estado de saúde são desconhecidos. A pedido da família, ele foi transferido para um lugar secreto.

Padre Geraldo, 72 anos, é uma das testemunhas do suposto esquema de irregularidades em licitações em São Caetano, denunciado pelo empresário Antônio José Cressoni.

Avaliações - Na noite do último sábado, três homens entraram na casa paroquial da igreja Nossa Senhora Aparecida e renderam o pároco, um funcionário do templo e a sobrinha do religioso. “Talvez os bandidos foram ao local por acharem que havia dinheiro do pagamento de casamentos”, avalia o delegado.

Sobre o revólver do pároco levado pelos bandidos, Marco Antônio destaca que o padre é um cidadão normal e que pode portar uma arma. “O documento do registro será conferido, mas a situação deve estar legalizada.” Segundo o delegado, o padre não precisaria ter porte de arma, pois o objeto estava dentro de sua residência – segundo o boletim de ocorrência o porte de arma de Voltolini também foi levado.

Procurado pelo Diário, o bispo Nelson Westrupp não quis se manifestar sobre o fato de o padre ter uma arma em casa.

Na ação, os bandidos roubaram também o computador do religioso, um carro e outros pertences.



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