Os países latino-americanos terão este ano uma alta de 4,6% no PIB (Produto Interno Bruto), avaliou a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e o Caribe), em um relatório no qual a Argentina lidera o crescimento e o Brasil ocupa uma das últimas posições na região.

"A Argentina vai liderar o crescimento no Cone Sul, já que, estima-se, se expandirá em 7,5% durante 2006, graças ao dinamismo da demanda interna, particularmente do investimento", destaca o texto.

A Venezuela também vai superar os 7%, enquanto o Brasil terá um crescimento em torno dos 3,5%, acrescentou a comissão técnica das Nações Unidas que tem sua sede em Santiago.

Outros países que terão aumentos significativos, de acordo com a nova projeção, são República Dominicana e Panamá (6%), Chile (5,7%), Peru (5,6%) e Colômbia (4,8%).

O estudo também aponta projeções para Guatemala, Honduras, Nicarágua e Uruguai (4%), Costa Rica (3,7%), México e El Salvador (3,5%), Bolívia (3,3%), Equador e Paraguai (3%).

O estudo elevou a projeção inicial publicada em dezembro passado pela Cepal, quando adiantou que as economias da região cresceriam 4,1% durante o ano em curso.

A nova estimativa situou a expansão econômica regional acima dos 4,3% alcançados em 2005, no terceiro ano consecutivo de recuperação econômica depois das seqüelas deixadas pela crise nos mercados asiáticos.

"O dinamismo do intercâmbio comercial mundial, liderado pelas economias asiáticas, permitiu a manutenção dos elevados preços dos produtos básicos. Estes, somados a uma demanda interna ativa, continuarão sendo os principais impulsionadores da expansão latino-americana", acrescentou o documento.

"Assim como em anos anteriores, o Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai) e a Comunidade Andina são as regiões com uma maior taxa de expansão, com 6,9% e 5,7%, respectivamente", ressaltou a Cepal.