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SPC e Serasa apontam para queda da inadimplência
Do Diário OnLine
Com Agências
30/07/2004 | 15:00
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Dados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e da Serasa divulgados nesta sexta-feira apontam para a queda da inadimplência de pessoas físicas e jurídicas.

Segundo o SPC, 2.590.870 pessoas físicas saíram do cadastro de devedores no acumulado até a segunda dezena de julho. No mesmo período, o número de inclusos na lista ficou em 2.000.861. Na primeira dezena de julho, o saldo ficou positivo em 757.619 - 897.380 inclusões e 1.654.999 exclusões.

“Esses dados são o que chamamos de ‘voltar ao normal’, ou seja, uma acomodação após o início do ano, quando é comum a inadimplência aumentar devido às despesas do final do ano anterior. Devemos ter um novo aumento na inadimplência agora só no início de 2005”, avalia o presidente do SPC Brasil, Edson Monteiro.

Entre os dias 10 e 20 de julho, 5.872.394 de consultas foram realizadas ao banco de dados do SPC - queda de 8,67% em relação ao mesmo período de junho (6.381.794 consultas). O cadastro da organização recebeu 12.570.462 acessos do dia 1º até 20 de julho.

Empresas - A Serasa registrou queda de 16,6% na inadimplência de pessoas jurídicas entre janeiro e junho de 2004, em comparação com o mesmo período do ano passado (quando o órgão registrou alta de 7,3% em relação ao primeiro semestre de 2002).

O Indicador Serasa de Inadimplência apontou ainda que houve queda na inadimplência das empresas nos três bimestres do ano. O maior decréscimo foi registrado entre maio e junho (3º bimestre), 21,2%. O segundo bimestre (março e abril) fechou em 12,2% e o primeiro (janeiro e fevereiro), em 16,2%.

Segundo técnicos da Serasa, a diminuição da inadimplência de empresas em todo o país é resultado do crescimento da economia brasileira, que vem propiciando maior geração de recursos para as empresas pagarem seus compromissos. O maior nível de atividade econômica contribuiu também para o aumento das vendas das empresas, principalmente do setor industrial e agronegócios, que foram favorecidas pela expansão das exportações.

De acordo com o Serasa, a realização de novos negócios, o melhor controle de estoques e a renegociação de preços e prazos com fornecedores permitiram às empresas administrar o orçamento de modo mais equilibrado.

No outro lado da balança, os técnicos da Serasa apontam que os maiores desafios enfrentados pelas empresas em 2004 são o aumento da carga tributária por causa da mudança das regras de cálculo, as altas taxas de juros praticadas pelo mercado e o reajuste das tarifas públicas. Esses fatores dificultam o pagamento de dívidas assumidas anteriormente.

Os títulos protestados são o indicador mais representativo da inadimplência das empresas: participação de 45% entre janeiro e junho de 2004 – quatro pontos abaixo da estatística registrada em igual período do ano anterior (49%). O segundo maior indicador de representatividade é o cheque sem fundo – 39% do total (contra 36% em 2003).




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