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Setor de máquinas cresceu 11,1% em 2001
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/02/2002 | 20:41
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  A indústria nacional de máquinas e equipamentos registrou em 2001 um crescimento de faturamento de 11,1% em relação ao obtido em 2000, e com isso passou de vendas totais de R$ 27,108 bilhões para R$ 30,115 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Puxada por bons desempenhos de segmentos como equipamentos para a geração elétrica e telecomunicações e de modo geral, pelo crescimento das exportações, o setor teve expansão, apesar de problemas na economia – crise de energia, situação argentina e outros – no ano passado, segundo a associação.

Para este ano, a previsão é crescer 5% a 6% em vendas totais, “se tivermos uma retomada da economia norte-americana e uma melhora na situação argentina. Mas esperamos um melhor desempenho das exportações”, disse o presidente da Abimaq, Luiz Carlos Delben Leite.

A melhora nos resultados no ano passado pôde ser aferida pelo aumento da utilização da capacidade instalada, que foi de 75,9% para 77,17% em 2001, por uma redução do número de semanas para o atendimento de pedidos, de 21 para 20,8 semanas e pela alta de 5,1% em empregos, que hoje somam 174 mil postos. As exportações atingiram no ano passado US$ 3,591 bilhões, um crescimento de 2,1%. Essa alta ocorreu apesar da queda nas vendas para o Mercosul, que participavam no total vendido lá fora com 21,8% (ou US$ 641,1 milhões) – a maior parte para a Argentina – e se reduziram para 16,5% (US$ 593 milhões).

Também houve retração das vendas para os EUA, que representavam 35,5% das exportações brasileiras e passaram para 26,63%, somando US$ 956,5 milhões em 2001. Em compensação, cresceram as vendas para a União Européia, de US$ 731 milhões para US$ 801,34 milhões e para Oriente Médio, Ásia e África. “Houve a busca de alternativas de novos mercados, para compensar a retração nos EUA e na Argentina”, disse Delben Leite.

A fabricante de máquinas para o setor automotivo Magnaflux, de São Bernardo, teve em 2001 uma expansão de 10% em vendas. O diretor superintendente, Carlos Pastoriza, projeta repetir o índice neste ano. O bom desempenho se dá, segundo ele, por conta das exportações. A indústria já vende ao mercado externo 15% de sua receita, para países como EUA, Itália e Espanha. “Queremos ingressar também no Oriente Médio, Europa Central e no África.”

Apesar das turbulências da economia, a GKW Fredenhagen, de São Bernardo, também se saiu bem. “Foi um ano melhor do que os anteriores, apesar da crise energética e dos atentados nos EUA”, disse o gerente de marketing Sérgio Muniz Ferreira. A empresa registrou receita 10% superior à de 2000, que atribuiu a uma reestruturação e ao foco em novo nicho: a produção para terceiros.




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