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Reajustes dos metalúrgicos injetarão R$ 5 bi na economia

Base formada por 108 mil profissionais começa a receber neste mês, diz sindicato

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
25/10/2011 | 07:45
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O reajuste salarial que será concedido aos 108 mil metalúrgicos de 89 empresas instaladas em São Bernardo e Diadema injetará na economia R$ 4,9 bilhões entre outubro deste ano e setembro de 2012. A projeção foi divulgada ontem pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Considerando apenas o aumento e os abonos conquistados por esses trabalhadores (o quanto receberam a mais), a cifra soma R$ 552,7 milhões. As negociações da categoria, encerradas em setembro, resultaram em 10% de aumento salarial, composto pela reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor mais aumento real 2,44%.

O acordo estabelecido entre a entidade e as montadoras engloba a ampliação da licença-maternidade para 180 dias mais o pagamento de abono de R$ 2.500. Outras 51 empresas do setor também pagarão o benefício, mas o valor varia conforme o tamanho da companhia. A validade dessa negociação é de dois anos.

Segundo a entidade, o salário médio dos metalúrgicos filiados subiu de R$ 4.760 para R$ 5.236, enquanto nos grupos autopeças, eletroeletrônicos, máquinas, estamparia e fundição, a remuneração média aumentou de R$ 2.200 para R$ 2.420. O sindicato não soube informar qual a variação entre o valor que os pagamentos colocarão na economia regional com os números de 2010. Procurado pela equipe do CF52Diário/CF, o presidente do sindicato dos metalúrgicos não concedeu entrevista.

IMPACTO - As associações comerciais do Grande ABC estão otimistas com a quantia bilionária que beneficiará os trabalhadores. É geralmente nesse período que os consumidores utilizam os trocados a mais resultantes do dissídio, abono e 13º salário para quitar as dívidas e restabelecer o crédito para as compras de fim de ano.

Para as entidades, os aumentos reais nos salários e o 13º salário também dos aposentados injetam novo ânimo nos empresários. Um indicador positivo é que a recuperação de crédito entre os consumidores está crescendo desde julho.

Para quem está endividado, a dica é colocar as contas em dia para evitar o pagamento de juros. O conselho dos especialistas é que ao receber esse dinheiro extra sejam quitadas dívidas do cartão de crédito, carnê e cheque especial.

O consumidor pode ver qual a dívida mais alta e com juro maior e aproveitar para quitá-la. Uma opção para os que estão com as contas em dia é aplicar o dinheiro na poupança ou plano de previdência privada.




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