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IBGE: expectativa de vida aumenta 57% em 50 anos
Do Diário do Grande ABC
01/12/1999 | 18:11
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Nos últimos 50 anos a esperança de vida do brasileiro cresceu 57,1%. Em 1950 a expectativa de vida média era de 43 anos, hoje pode chegar aos 68 anos, e, em 2020, a projeçao é de que se atinja 70 anos. As informaçoes foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Tábua da Vida que a instituiçao passa a publicar anualmente.

"A tábua expressa o conjunto de transformaçoes pelas quais passa a sociedade brasileira", disse o diretor do Departamento de Populaçao e Indicadores Sociais do IBGE, Luiz Antonio de Oliveira. "Nao sao projeçoes aleatórias, mas falam do momento real, da populaçao real". O cálculo da expectativa de vida do brasileiro é feito a partir de outras pesquisas do instituto, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), o Censo Demográfico, a Pesquisa de Registro Civil e a Contagem da Populaçao.

Os dados ratificam as informaçoes da PNAD 98, divulgada nesta terça-feira. A populaçao brasileira está envelhecendo. "A pirâmide está cada vez mais ficando um retângulo", disse Oliveira, referindo-se ao fato de que a base da populaçao (a faixa etária de 0 a 4 anos) vem progressivamente diminuindo, enquanto as faixas intermediárias estao aumentando. Por exemplo, o grupo de 30 a 59 anos subiu de 25% da populaçao brasileira em 1940 para 32,9%, em 1998 e deverá chegar a 40,2% em 2020. Os idosos (acima de 60 anos) somavam 12,4 milhoes de pessoas em 1998 e podem ser 25 milhoes em 21 anos.

Infantil - As melhores condiçoes hospitalares e de saneamento básico, segundo o IBGE, explicam a tendência de envelhecimento do País. Mas um dado considerado fundamental pelos técnicos foi o avanço no combate à mortalidade infantil, na década de 50 chegava a 200 mortes a cada mil nascimentos em alguns municípios do Nordeste.

"Açoes práticas do governo, de organizaçoes nao-governamentais e da Igreja, como as campanhas de soro caseiro, de vacinaçao e de pré-natal, provocaram uma reduçao importante na mortalidade infantil", afirmou Oliveira, embora reconheça que os números ainda sao altos, especialmente no Nordeste, onde está em 54,4 por mil nascidos. No Brasil, de 150 mortes a cada mil nascimentos, em 1950, chegou-se a 35,8 mortes por mil. Os dados do instituto mostram que a mortalidade cai de 66 por mil, quando a mae é menos instruída, para 20 por mil, quando a mae tem o segundo grau completo.




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