O Rio de Janeiro é o estado que apresenta os maiores índices de satisfação da população com a própria saúde. A pesquisa Saúde da Terceira Idade: A Fonte da Juventude, apresentada nesta sexta-feira no Rio, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra que 49,8% das pessoas residentes no Estado e que tem mais de 65 anos dizem gozar de bom ou muito bom estado de saúde. A média nacional é de 40,8%.

De acordo com o chefe de Ibre (Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia) da FGV, Marcelo Néri, o Rio de Janeiro é também o estado com maior presença de pessoas na terceira idade. Segundo o estudo, a proporção local de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos é a mais alta do país, 8,2%, representando 32% acima dos níveis nacionais.

"O Rio de Janeiro é o melhor colocado em vários sentidos, como o menor número de pessoas acamadas, melhor qualidade de saúde percebida não só pelos idosos, mas também pela população em geral", disse Néri.

Para ele, a boa colocação no ranking nacional deve-se ao fato de os idosos fluminenses apresentarem a renda mais alta do país. No Rio, 70,3% dos benefícios previdenciários recebidos pela população são superiores a um salário mínimo, contra 45,6% da média nacional. Além disso, boa parte da população idosa do Estado é composta por funcionários públicos aposentados.

São Paulo ficou em segundo lugar no ranking: 47,37% dos idosos do Estado consideram que têm boa ou muito boa saúde. Já o Piauí aparece com os piores índices da pesquisa. Apenas 25,81% da população com 65 anos ou mais disseram que têm boa ou muito boa saúde.

Para avaliar os níveis de saúde dos idosos, foram ouvidos cerca de 40 mil brasileiros nos anos de 1998 e 2003. A pesquisa tomou como base os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).