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Ingredientes da feijoada registram alta acima da inflação
Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
24/07/2008 | 07:26
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Andréa Iseki/DGABC


A feijoada, um dos mais populares pratos brasileiros, apresentou alta de preços de 24,46% em doze meses - julho de 2007 a junho de 2008 -, enquanto que o IPC-BR (Índice de Preços ao Consumidor-Brasil), no mesmo período, subiu 5,96%.

O levantamento, realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), contabilizou as variações no preço de 13 produtos que compõem o prato mais tradicional das quartas-feiras - os chamados ‘pertences da feijoada' - e identificou que o aumento foi o mais expressivo em cinco anos.

O economista da Fundação, André Braz, explica que, no acumulado de julho de 2001 a junho de 2008, dois dos principais ingredientes da feijoada subiram mais que o IPC-BR acumulado no período (69,41%), como é o caso do feijão-preto (248,42%) e do arroz (146,76%).

Também ficaram acima da inflação acumulada do período produtos como a laranja pêra (145,49%), farinha de mandioca (120,69%), carne-seca (106,86%) e costelinha de suíno (101,89%).

Sete dos 13 itens pesquisados, no entanto, tiveram reajuste abaixo do acumulado pelo IPC-BR nesse prazo (julho de 2001 a junho de 2008).

Entre eles estão o limão, que apresentou aumento total de 68,57% ao longo dos últimos sete anos; a cerveja (67,23%), o lombinho de suíno (67,10%), a couve (63,67%), a carne defumada (55,98%), a lingüiça (51,07%) e a aguardente (48,05%).

"A tendência nos preços do arroz, por exemplo, é de retração para os próximos meses, já as carnes devem permanecer com valores elevados, "devido à redução dos plantéis de gado e ao aumento da soja e milho", explica", Braz.

RESTAURANTES - No Grande ABC, os empresários de restaurantes e comerciantes de marmitex afirmam que houve reajuste de cerca de 20% nos ingredientes da feijoada e que, até o momento, repassaram aproximadamente 5% do aumento para o consumidor.

Apenas Edson Leonardo Sebastião, gerente do Pilão Mineiro, em Santo André, assegura que ainda não repassou para os clientes o aumento. "Mas se a alta persistir não teremos como praticar os valores atualmente cobrados, não conseguiremos manter isso", comenta Sebastião.




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