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Câmara do DF volta à estaca zero
31/01/2010 | 07:42
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Passados dois meses desde que foi deflagrada a Operação Caixa de Pandora, que trouxe a público o suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, conhecido como "mensalão do DEM", a Câmara Legislativa, que tinha tomado algumas ações para investigar o caso, voltou à estaca zero.

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Corrupção, antes com depoimentos agendados e requerimentos aprovados, está sem presidente e com a composição incompleta. As CCJs (Comissões de Constituição e Justiça) e especial, colegiados que analisarão os três pedidos de impeachment do governador José Roberto Arruda (sem partido), também estão paradas.

A CPI da Corrupção não avança nos trabalhos desde que o deputado Alírio Neto (PPS) rompeu com a base aliada a pedido do partido e perdeu a vaga e o cargo de presidente. O vice-presidente da CPI, Batista das Cooperativas (PRP), adiou a eleição do novo presidente duas vezes, sem maiores explicações.

Além disso, o PMDB, dono de uma das cinco vagas, enfrenta dificuldades para indicar um representante. Os deputados da legenda, citados no inquérito policial como beneficiários do esquema, não podem participar das investigações por determinação da Justiça. Os deputados Bispo Renato Andrade (PR) e Cristiano Araújo (PTB) foram sondados pelo PMDB para ocupar a vaga.

Bispo Renato Andrade recusou, enquanto Araújo pretende se candidatar à reeleição e pensa em não aceitar o convite para não ter de arcar com o prejuízo político de defender Arruda abertamente.

A falta de organização chegou ao ponto de o principal delator do funcionamento da corrupção no Distrito Federal, o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, ter pedido o adiamento do depoimento à CPI, alegando que não se "submeteria a uma Casa apoteoticamente desorganizada política e administrativamente". Nas demais comissões, o cenário repete-se.




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