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Simony lança CD e nega oportunismo
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
21/03/2001 | 19:48
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Grávida do presidiário e rapper Afro-X, que está na Casa de Detenção do Carandiru, a cantora Simony, 24 anos, tem obtido um espaço na mídia só comparável à época em que integrava o grupo Balão Mágico, quando criança. Agora, no calor de todos os comentários e reportagens que levam seu nome, Simony lança o CD solo Simplesmente Eu, pela gravadora Columbus.

Para falar à imprensa sobre o trabalho, ela realizou uma entrevista em um bufê infantil de São Paulo, à qual chegou com quase duas horas de atraso, cercada por seguranças e assessores e usando uma blusa bastante decotada.

Segundo a cantora, a idéia de lançar o CD neste momento foi de sua gravadora. “Eles acharam melhor agora, porque o trabalho ficou pronto”, disse, afirmando que quando começou a gravá-lo “nem sabia que estava grávida”. No encarte, há fotos com uma Simony aparentemente sem gestação.

“Ninguém quer fazer marketing de uma história dessas, tão sofrida e superdifícil”, argumentou, já um tanto irritada. “Canto desde os 5 anos de idade e tenho 20 de carreira. Não estou aqui com meu CD porque sou mulher de presidiário, mas pelo meu talento”.

Questionada sobre as críticas dirigidas publicamente a ela e a seu marido, Simony diz que não está familiarizada com os casos e, em seguida, chamou para a mesa o seu advogado, Paulo Cremonesi, que afirma que cada acusação está sendo objeto de um processo. Assim, ela deu a entender que qualquer suposto deslize da imprensa estaria sob os olhos de sua defesa jurídica.

Simony disse, ainda, que estava proibida de dar detalhes sobre sua vida pessoal. Em resumo: quem quiser saber mais, que compre seu livro, ou melhor, sua série de livros, prevista para ser lançada a partir de junho deste ano, quando deve nascer o pequeno Ryan.

“Virou uma curiosidade do Brasil”, justifica a também futura escritora. A primeira publicação será sobre seu caso com Afro-X. “Pensei em dar o título de Somos Três ou Duas Vidas e Um Destino mas, se amanhã a gente tiver outro filho, ele vai reclamar do somos três”, acredita.

Depois, Simony deve lançar uma autobiografia, contando sua trajetória desde a época do Balão Mágico. Por fim, as livrarias deverão receber a história do rapper Afro-X, contada pelo próprio.

Quando fala de Afro-X, Simony se derrete: “Foi ele quem escolheu o nome do CD. Disse que é a minha cara”. A entrevista coletiva de Simony terminou de maneira previsível: com salgadinhos e docinhos, como se tudo fosse uma festa.




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