O ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes espera ratificar sua liderança política durante a convenção municipal do PL que acontece neste domingo, na Câmara Municipal, das 9h às 17h. Oficialmente, o encontro será realizado para organizar o partido na cidade e definir os dirigentes liberais para os próximos quatro anos. Porém, a expectativa é que Gilson se fortaleça na legenda ao assumir a presidência da executiva e garantir sua pré-candidatura à sucessão municipal.

Gilson disse que não fez campanha para desfiliar seus aliados que por ventura ainda estejam no PSB, seu ex-partido. Apesar disso, o agora liberal acredita na filiação de um grupo, considerado por ele, como grande. “Não foi meu objetivo fazer campanha de desfiliação do pessoal do PSB, mas o grupo que sempre me acompanhou estará comigo no PL”, afirmou o ex-prefeito, sem precisar o número de apoiadores.

Entre os ex-socialistas que acompanharam Gilson na filiação ao PL está a mulher do ex-prefeito, a vereadora Eliete Menezes, que agora é a líder da bancada liberal na Câmara de Diadema. Os parlamentares João Gualberto, José Zeferino e Orlando Aníbal completam o grupo liberal e terão a tarefa de auxiliar na campanha eleitoral de 2004.

Segundo Gilson, atualmente o PL de Diadema é organizado apenas com uma comissão provisória. Com a provável aprovação da chapa única, encabeçada pelo ex-prefeito durante a convenção de hoje, o partido terá um diretório e uma comissão executiva. “Sou um homem partidário. Na minha concepção, partido não é só para usar na época da eleição. Portanto, meu objetivo é organizar o partido da melhor maneira possível para começar a trabalhar”, disse.

Saída – A saída de Gilson Menezes do PSB, em maio, surpreendeu até mesmo os seus mais íntimos aliados e antecipou a discussão sobre a sucessão municipal na cidade. De olho da força política do ex-prefeito, diversos partidos sondaram a possível filiação do ex-prefeito. Entre as legendas que tentaram convencer Gilson estão o PT, PMDB, PCB, PDT e PP.

A proposta do PL surgiu há aproximadamente um mês e incomodou alguns liberais da cidade. O vereador Orlando Aníbal foi um dos que criticou a filiação da Gilson com a intenção de disputar a Prefeitura em 2004. Na ocasião, Aníbal disse que o PL já tinha um candidato a prefeito e sugeriu que Gilson fosse o vice da chapa. Depois tentou amenizar a situação e declarou que tudo dependeria da direção do partido. “Se determinarem que é o Gilson, vou aceitar.”

Diante do impasse inicial, para muitos liberais a convenção deste domingo será um teste para saber o nível de apoio da bancada, em especial de Aníbal, para a candidatura de Gilson a prefeito. n