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Papa lamenta dificuldades para reunificar cristaos
Do Diário do Grande ABC
21/12/1999 | 14:10
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O Papa Joao Paulo II lamentou esta terça-feira as dificuldades para obter a reunificaçao dos cristaos às vésperas do ano 2000.

O Papa, que fez um balanço do ano que está para terminar durante a tradicional audiência de Natal ante o colegiado sagrado e a cúria romana, referiu-se ainda a seu trabalho como líder da Igreja Católica.

Para o Sumo Pontífice, o ano de 1999 ``foi importante nos aspectos ecumênicos'. ``Na encíclica 'Tertio Millenio Adveniente' (às vésperas do Terceiro Milênio) esperava que na ocasiao do Grande Jubileu os cristaos estiveram senao verdadeiramente unidos, pelo menos perto de superar as divisoes do Segundo Milênio. Infelizmente, esta meta continua distante', disse o Sumo Pontífice.

O Papa lembrou ainda as viagens feitas neste ano, particularmente a forma calorosa como foi acolhido pelas comunidades da Romênia e da Geórgia durante sua recente visita aos dois países.

Joao Paulo II referiu-se ainda ``aos progressos registrados nas relaçoes com os irmaos de tradiçao luterana'. ``O documento sobre a justificaçao, recentemente escrito em Augsburg, representa um grande passo e nos anima a seguir o diálogo com decisao', disse o Papa.

O Papa referiu-se ainda aos progressos alcançados pelo diálogo entre as Igreja católica e as religioes nao-cristas, um diálogo importante ``porque em vários domínios concretos nos encontramos de acordo para servir a Deus e aos homens'.

``A Igreja tem o dever de glorificar a Deus pelos raios da verdade por meio dos quais manifesta-se a todos os seus filhos, nas regioes mais diferentes do mundo', disse Joao Paulo II.

O Sumo Pontífice falou ainda sobre a forma de exercer ``o Ministério de Pedro', ou seja, sobre as funçoes do chefe da Igreja Católica, ao evocar todos os Papas que o antecederam neste milênio.

Aos futuros pontífices, seus sucessores, o Papa desejou que possam reinar ``segundo a vontade de Cristo'. Em uma entrevista publicada esta terça-feira pelo jornal La Repubblica, o cardeal vigário de Roma, Camillo Ruini, observou que a maneira de exercer o papado no Terceiro Milênio ``nao será como a do passado'.

Os cardeais lembraram que durante o primeiro milênio, os papas eram menos fortes e se concentravam mais em Roma do que no segundo milênio.

Para Ruini, o Jubileu do ano 2000 será lembrado como aquele da autocrítica, do ``mea culpa' pelos ``erros históricos cometidos pelos filhos da Igreja'.




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