Denominada pelos muçulmanos Al-Haram al-Charif (Nobre Santuário),a esplanada compreende a Cúpula do Penhasco (também chamada de mesquita de Omar), construída no século VII, e a mesquita Al-Aqsa (literalmente ``A Distante' porque é o santuário mais afastado aonde foi o profeta Maomé, segundo o Alcorao), e que remonta ao século VIII. De planta retangular, a esplanada ocupa 14 hectares a sudoeste, na parte oriental da Cidade Santa, conquistada e anexada por Israel em 1967.
Centenas de milhares de fiéis muçulmanos se encontram na esplanada por ocasiao das grandes festas religiosas e principalmente às sextas-feiras do mês de Ramada (o mês de jejum dos muçulmanos).
Segundo a tradiçao muçulmana, a Cúpula do Penhasco foi construída sobre o penhasco onde o profeta Maomé foi em seu cavalo alado, o Burak, antes de subir aos céus. Mas este lugar também é considerado o enclave mais sagrado do judaísmo já que foi escolhido pelo rei Salomao para levantar seu templo, pelo que os judeus também a chamam de esplanada Monte do Templo.
Completamente destruído pelos babilônios no ano 586 antes de JC, segundo a Bíblia, o templo foi reconstruído com magnificência pelo rei Herodes no século I antes de Cristo e derrubado pelos romanos no ano 70 depois de Cristo.
O Muro das Lamentaçoes (o muro ocidental), último vestígio dos alicerces do templo de Herodes, fica no lado oeste da esplanada.
A tradiçao judaica proíbe aos judeus irem à esplanada por temor de que despertem a ira do Santo dos Santos. Mas os ultranacionalistas judeus, que querem reconstruir o Templo, desafiam esta proibiçao e vao com freqüência à Esplanada provocando os muçulmanos.
A esplanada foi cenário de numerosos confrontos violentos desde a ocupaçao do leste de Jerusalém por Israel: o mais mortífero, ocorrido dia 8 de outubro de 1990, causou a morte de 18 palestinos; mais de cem pessoas ficaram feridas.
O rei Abdallá da Jordânia, bisavô do monarca Abdallá II, foi assassinado neste lugar em 1951.
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