Koussa foi a maior deserção do regime líbio desde o início dos protestos populares. Ele chegou na quarta-feira a Londres depois de deixar seu país por terra e ir para a Tunísia. De lá, partiu em um jato do governo britânico - o que indica o papel da coalizão em sua dissidência. Ontem, o ex-chanceler Ali Abdussalam el-Treki, que Kadafi nomeou como embaixador na ONU, rejeitou o cargo, desertou para o Egito e condenou o "derramamento de sangue" em seu país.
O governo do premiê David Cameron afirmou que o chanceler líbio não terá privilégios políticos e responderá por crimes dos quais venha a ser acusado. "Koussa não está recebendo imunidade. Não há nenhum acordo", afirmou ao Parlamento. Koussa pode até mesmo ser implicado em uma investigação que está sendo realizada na Escócia pelo atentado de Lockerbie, em 1988.
Para Cameron, o abandono do regime por parte de Koussa "demonstra o grande descrédito e decadência do regime de Muamar Kadafi. Hague foi mais longe: "Sua demissão mostra que o regime de Kadafi, que registrou deserções significativas, está dividido, sob pressão e desaba internamente, Kadafi deve se perguntar quem será o próximo a abandoná-lo". Na Líbia, o porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, tratou de reduzir a importância da dissidência de Koussa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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