Mauro Arce ressaltou que havia a esperança de que chovesse entre março e abril, o que acabou nao ocorrendo nessa regiao. "No final do ano terminamos com os reservatórios em média com uma ocupaçao de 18%. Hoje estamos no Estado de Sao Paulo com uma média de 60% de ocupaçao dos reservatórios das principais hidrelétricas", explicou.

O secretário salientou que "o principal a fazer hoje é racionalizar o uso da energia elétrica", evitando os desperdícios. Se a indústria puder alterar o seu horário e trabalhar fora do horário de pico, é muito melhor para todos. "O que se busca é racionalizar e nao o racionamento. Aliás, a tendência é sempre se racionalizar, o que é natural. O racionamento nao, representa corte".

De acordo com Arce, em todo o Sudeste a capacidade ocupada pelos reservatórios é de 54%. "Mas temos que levar em consideraçao que já começamos a receber mil megawatts da Argentina; vamos ter Angra I voltando a operar com 600 megawatts ; teremos também Angra II logo em operaçao com mais 1.200 megawatts de energia. Isto alivia bem", afirmou.

Ele entende que se houver uma boa racionalizaçao no uso da energia, se chegará com tranqüilidade ao mês de outubro, quando as chuvas deverao voltar normalmente. O Operador Nacional do Sistema (ONS), através do seu presidente, Mário Santos, tem planos para em agosto voltar a pedir uma racionalizaçao maior por parte das indústrias no horário de ponta, entre 18 e 20 horas. Mauro Arce concorda com ele, pois em agosto a temperatura volta a esquentar um pouco, com a proximidade da chegada da primavera.