Passadas 48 horas do aviso de greve dos 70 mil metalúrgicos filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e sem respostas dos sindicatos patronais, a categoria se reúne hoje em Diadema para discutir se decreta ou não paralisação por tempo indeterminado. Segundo a entidade, até a noite de ontem não foi apresentada nenhuma contraproposta.
Os trabalhados reinvidicam 5% de aumento real durante dois anos (descontada a inflação) mais bonificações conforme o salário médio dos metalúrgicos. Os índices oferecidos pelo sindicato patronal foram entre 0,74% e 1,49%.
Há 15 dias, os metalúrgicos dos setores de fundição, estamparia, eletrônicos, autopeças, refrigeração e iluminação fazem paralisações nas fábricas. Nesse período ocorreram mais de 100 manifestações, sendo que ontem foram três, nas unidades da Transtechnology, Termicon e Master Mag, todas em Diadema. Esses profissionais representam 65% da massa de 108 mil do setor no Estado.
CONTRAPROPOSTA - Ontem, Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP retomou as negociações da campanha salarial com as empresas de máquinas e eletrônicos. O encontro aconteceu na sede da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. A proposta foi de 10% de reajuste.
O sindicalista Valmir Marques, o Biro Biro, disse que consultará os 13 sindicatos metalúrgicos associados. Do percentual oferecido, 7,4% correspondem à correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor da data base da categoria e 2,42% é de aumento real.
Em relação às clausulas sociais previstas na negociação, a entidade busca melhorias nos direitos para os funcionários do sexo feminino e que inclua na convenção coletiva de trabalho cláusula que combata as práticas antissindicais nas empresas.
Hoje, a FEM-CUT continua as rodadas de negociação com as empresas dos setores de autopeças, fundição e estamparia. Até agora, apenas os metalúrgicos que trabalham nas montadoras conquistaram reajuste, no fim de agosto, que foi de 5% de aumento real pelos próximos dois anos mais bonificação de R$ 2.500.
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