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Greve nos Correios
para 2,5 mi de objetos
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
20/09/2011 | 07:09
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A greve dos Correios continua em todo o País. Hoje é o quinto dia de paralisação, que no Grande ABC já afetou a entrega de 2,5 milhões de objetos (cartas, telegramas e encomendas). Por dia, na região, costumam ser enviados cerca de 750 mil itens. Porém, com a situação, apenas 100 mil chegam em seus destinos.

Desde quarta-feira estão suspensos os serviços de entrega com horário marcado, como Sedex 10, Hoje e Disque-Coleta.

Dos 1.500 funcionários dos Correios no Grande ABC, 80% (1.200) estão com os braços cruzados, de acordo com o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos da Capital e Grande São Paulo, Anderson Lima de Moraes.

Desses, a metade é composta por carteiros, que fazem a entrega nas residências e empresas e, a outra parte, é de operadores de triagem e transbordo, que ficam no centro de tratamento de cartas.

O Grande ABC abriga 17 centros de distribuição dos Correios, dos quais cinco ficam em Santo André. Além disso, há dois centros de encomendas, localizados em Santo André e São Bernardo, que as repassam os objetos para todos os municípios da região. Também há um centro de tratamento de correspondências, sediado na Avenida dos Estados, no município andreense.

SEM PROPOSTA - Ontem houve uma assembleia e foi decidido manter a paralisação por conta da ausência de proposta patronal. Hoje, às 11h, haverá nova reunião para resolver os próximos passos. "Acredito que amanhã (hoje) os Correios nos mandem proposta salarial, pois a adesão está muito forte. Essa é uma das maiores greves da nossa categoria", diz Moraes.

Até o momento, a empresa oferece a reposição da inflação, de 6,87% mais R$ 50 de ganho real nos pagamentos. "Além de ser um valor muito baixo, eles querem nos pagar somente a partir de janeiro, e sem o retroativo", conta o diretor sindical.

Considerando o piso da categoria, de R$ 807, daria aumento de 13%, para R$ 911,90. O sindicato pede aumento para R$ 1.635 e reposição da inflação de 7,16%. Os pedidos dos trabalhadores foram entregues há 47 dias aos Correios.

Após o anúncio de greve, entretanto, a companhia retirou a proposta e disse que só voltaria a negociar após retorno às funções. Afirmou ainda que haveria desconto dos dias paralisados.

Em entrevista à equipe do Diário na sexta-feira, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, disse ser "impossível" corrigir a inflação anual mais aumento linear de R$ 400, como pedem os trabalhadores.




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