A Scania deu o pontapé inicial para ampliar a unidade de São Bernardo. Ontem, o presidente da empresa no Brasil, Sven Antonsson, e o prefeito Luiz Marinho assinaram acordo de cessão de terreno da administração municipal, no qual será instalada nova área de pintura da companhia. A montadora prevê investimento de R$ 60 milhões na nova seção.

Em contrapartida do terreno, avaliado em R$ 13,5 milhões segundo o secretário municipal de coordenação de governo, Tarcísio Secoli, a empresa duplicará a Avenida José Odorozzi entre a Rodovia Anchieta e a Avenida Robert Kennedy. "A duplicação deverá custar R$ 16 milhões para a montadora", avaliou Secoli. O cronograma da Scania aponta para entrega da obra na via municipal em até um ano e início das construção neste mês.

Conforme a equipe do Diário antecipou, o aporte da montadora na área de pintura tem como objetivo melhores condições de trabalho para os seus funcionários, ampliando a ergonomia nos postos de trabalho. Em março, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, ciente do projeto da Scania, mostrou sua preocupação com o caso e afirmou que a pintura "é uma área que agride mais a saúde dos trabalhadores".

RECURSOS - O diretor da Scania Paulo Cambréa prevê que a nova unidade de pintura entrará em atividade em até três anos. E os recursos destinados à obra e aos equipamentos, R$ 60 milhões, não fazem parte do aporte anual que a empresa realiza, de US$ 30 mil, em manutenção e melhorias.

"Será um trabalho de modernização. Nossa área de pintura atual foi instalada há muitos anos", explicou Cambréa, se referindo à década de 1970. Ele deixou claro que contratações, para a área, serão anunciadas se o mercado demandar maior produção. Por enquanto, o projeto prevê a migração dos atuais funcionários para a nova unidade.

DUPLICAÇÃO - Marinho declarou que a cessão do terreno é caracterizada como "negócio da Prefeitura com a Scania", no qual todos ganham, tanto a empresa com melhorias na logística, quanto a cidade com o trânsito. E acrescentou que a ação pretende consolidar a permanência da montadora na cidade, que segundo Antonsson, está próxima ao limite da capacidade de produção.