O último dos acusados, Joel Bernardino da Silva, 24 anos, se apresentou na sexta-feira à noite ao delegado Sérgio Siqueira, do Garra de Ribeirao Preto, depois que os outros três componentes da quadrilha foram presos em flagrante em Batatais, quando praticavam um assalto.

Depois de prestar depoimento, Joel foi liberado e vai esperar o julgamento em liberdade, caso nao seja emitido contra ele um mandado de prisao. Os outros membros da quadrilha estao presos na cadeia de Batatais.

O irmao de Joel, que compoe a dupla com ele, na verdade se chama Rogério Bernadino da Silva e tem 21 anos. Além dele foram presos durante o assalto em Batatais a mulher de Joel, Leilian Siqueira 29 anos, e Luciano Borges.

O grupo já havia realizado assaltos em Brodowski, Cravinhos e Jurucê, e também é acusado de agir nas cidades de Porto Ferreira Bebedouro e Sertaozinho. De acordo com o delegado, Joel afirmou em seu depoimento que estava passando dificuldades financeiras. "Ele alegou que haviam gravado um CD e nao conseguiram vender, chegaram a ir em programas de televisao e gastaram todo o dinheiro", disse Siqueira.

O assaltante também disse que a quadrilha havia conseguido levantar pouco mais de R$ 2 mil com a venda dos produtos conseguidos nos assaltos. Seguindo as indicaçoes do acusado, a polícia chegou até uma casa onde foram encontrados diversos produtos eletroeletrônicos como televisores, videocassetes, fornos de microondas e condicionadores de ar.

Educados - O grupo agia sempre da mesma forma: eles escolhiam uma casa e tocavam a campainha para pedir água, dizendo que estavam com o carro quebrado, para entao mostrar as armas e dominar os moradores. "Educadamente, eles apertavam a campainha para pedir auxílio", lembra o delegado.

Durante a prisao de parte da quadrilha, na última terça-feira, em Batatais, os acusados chegaram a trocar tiros com a polícia e Joel conseguiu fugir.

Os irmaos "Joel e Joílson" já respondem 10 inquéritos por envolvimento em furtos de fitas de vídeo em locadoras de Ribeirao Preto. Em setembro do ano passado a polícia descobriu uma locadora clandestina, mantida pela dupla, que tinha um acervo de mais 400 fitas roubadas.

De acordo com Siqueira, os dois entravam nas locadoras, inutilizavam os sensores de alarme e saíam com as fitas sem serem vistos.