Colocar a marca mais em evidência por meio da participação em feiras setoriais e do cadastramento no cartão BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi a estratégia adotada pela pequena fabricante de máquinas Filpemack, de São Bernardo, para ampliar vendas. E os resultados têm aparecido.

O crescimento esperado do volume vendido neste ano em relação a 2009 é de quase 100%. Parte do aumento na demanda se deve à presença na Brasilpack, feira do setor de embalagens realizada em 22 de março em São Paulo, mas o impulso mais expressivo ocorreu com a habilitação para ser fornecedora de empresas interessadas em adquirir maquinário por meio do cartão do banco do governo.

Segundo a gerente comercial da Filpemack, Jéssica Cristina de Araújo, atualmente, cerca de um terço das vendas - a companhia produz em média dez máquinas por mês - são por meio desse produto financeiro do BNDES, destinado a viabilizar compras e também vendas de itens de pequenos fabricantes.

O banco oferece a possibilidade de que companhias com mais de 60% de conteúdo nacional em seu processo produtivo se cadastrem para oferecerem seus itens a quem tenha o cartão. Quem se interessa em fazer aquisições de matéria-prima ou equipamentos por essa modalidade do banco têm condições vantajosas: juros reduzidos (atualmente 0,97% ao mês) e pagamento parcelado (financiamento em até 48 meses), entre outras vantagens.

Jéssica cita que os componentes nacionais são um diferencial, que possibilita à empresa não depender de itens do Exterior e favorece o atendimento do pós-venda e o cumprimento dos prazos de entrega.

EXPANSÃO
Fundada há cinco anos, a fabricante produz paletizadoras, que são maquinários para embalar produtos que serão transportados. Dessa forma, a aplicação de seus equipamentos é bastante extensa. Atende desde o setor metalúrgico, farmacêutico, transportadoras, empresas alimentícias até gráficas, entre outros ramos.

Ainda pequena - são apenas 30 funcionários - a empresa tem planos de abrir uma segunda unidade fabril, para se dedicar a uma atividade complementar: a produção dos filmes plásticos stretch (esticáveis), que serão utilizados em suas máquinas pelos clientes. Jéssica afirma que o valor do investimento ainda não está definido, mas o projeto deve sair do papel até o início de 2011.