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Imóveis: estratégia é adquirir casas, diz Itaplan
Do Diário do Grande ABC
28/07/2008 | 07:11
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A ausência de grandes áreas livres em pontos estratégicos e valorizados não impede o crescimento expressivo de empreendimentos imobiliários em diversos bairros no Grande ABC. Sem terrenos que permitam elaborar empreendimentos para atender à demanda atual, grandes imobiliárias e incorporadoras - da região e de São Paulo - especializaram-se na busca de casas em ruas bem localizadas, que possam dar lugar a edifícios residenciais.

O diretor de Marketing da Itaplan Imóveis, Fábio Rossi Filho, uma das empresas que mais negociaram imóveis no Grande ABC em 2007, diz que há uma grande procura por imóveis novos, "mas as pessoas querem ofertas inteligentes e produtos diferenciados, e é isso que buscamos oferecer".

Entre os empreendimentos já lançados e novos projetos, a Itaplan dispõe de cerca de 2 mil unidades sendo comercializadas na região, incluindo quatro novos empreendimentos que serão lançados até o final de 2008. A empresa, segundo Rossi, está concluindo estudos de 150 novos projetos, que serão colocados no mercado nos próximos um ou dois anos, com VGV (Valor Geral de Vendas) entre R$ 4 e R$ 6 bilhões.

Rossi acredita que o mercado imobiliário ainda tem muito fôlego e "deve crescer pelos próximos oito anos, para depois estabilizar". Dois fatores justificariam essa expectativa: a demanda reprimida ao longo de décadas em que o crédito imobiliário foi inexpressivo se comparado ao crescimento populacional e o ‘tempo de maturação' de um empreendimento - do projeto até a emtrega das chaves, leva, em média, cinco anos.

DESAFIO - Criar um projeto que seja moderno daqui a alguns anos é outro desafio do setor. Conforme Rossi, "se começamos esse mês a construir um novo imóvel, temos de ter em mente que ele deve ser atual não para os padrões de 2008, mas de acordo com a demanda em 2012". Ele conta que, para que o projeto tenha um bom resultado, é preciso saber a perspectiva do cliente daqui a alguns anos, e continuar atual por, pelo menos, mais cinco anos depois de entregue.

Antes, na avaliação de Rossi, o imóvel era construído sem pensar no futuro proprietário e cabia a ele ‘dar a sua cara' ao imóvel. Agora, para se manter no mercado, a construtora precisa investir em pesquisas, para criar empreendimentos alinhados ao perfil do comprador e com ‘soluções satisfatórias' para atender às necessidades do futuro.

Ele conta que, na Itália, por exemplo, um dos eletrodomésticos mais comercializados é a máquina que lava e seca roupas num único produto - já comercializada no Brasil. O diferencial é que esse produto não fica mais na área de serviço. Fica no banheiro, porque a pessoa troca de roupa e já coloca na máquina. "O brasileiro não tem esse hábito hoje, mas pode ter daqui a alguns anos. Então, o imóvel tem, agora, de prever a instalação elétrica e o espaço ideal para colocar esse equipamento nos projetos que estão sendo feitos agora. Só assim ele vai estar atual quando for entregue ao comprador."

O mesmo aconteceu com a rede de fiação. "Até cinco anos atrás, ninguém imaginava fazer rede para telefonia e computador em todos os cômodos. E hoje estamos um passo à frente: pensando como resolver os ‘pontos cegos' para ter wireless em todo o imóvel", conta.

O mesmo vale para produtos ecologicamente corretos. O comprador não se preocupa com isso agora, mas vai valorizar essa condição futuramente.




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