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Maior julgamento contra a Al Qaeda começa em Madri
Da AFP
22/04/2005 | 16:28
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O maior julgamento contra a Al Qaeda na Europa começou nesta sexta-feira em Madri, envolvendo 24 homens acusados de formarem uma célula terrorista para atuar na Espanha, sendo que três deles são acusados, também, de terem colaborado nos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

O processo começou com a leitura da ata de acusação pela juíza Angela Murillo Bordallo, que será encarregada de apresentar o veredicto. Os acusados estavam numa grande jaula de vidro blindado, e a sala de audiência foi especialmente montada num dos pavilhões da Feira da Casa de Campo, um bosque situado a oeste de Madri, já que as salas da Audiência Nacional não têm capacidade suficiente para abrigar o processo.

Cerca de 120 jornalistas de 82 veículos de comunicação de uma dezena de países do mundo acompanham a audiência. A segurança do local é feita por uma centena de policiais armados, acompanhados por cães, um helicóptero e um dispositivo eletrônico destinado a detectar qualquer detonação de bomba a distância.

O promotor pedirá penas inéditas de mais de 60 mil anos de prisão para cada um dos três homens acusados de terem colaborado para a organização dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra o 'World Trade Center', em Nova York, Pentágono, em Washington, e na Pensilvânia.

Os acusados são o suposto chefe da célula, o sírio Imad Eddin Barakat Yarkas, também chamado 'Abou Dahdah', Driss Chebli e Ghassoub Al Abrash Ghayloun. Outro envolvido no processo é o jornalista da rede de TV Al-Jazzera Tayssyr Allouni, acusado de pertencer a uma organização terrorista.

Doze observadores da ACHR (Comissão Árabe dos Direito Humanos), interessados principalmente no caso de Allouni, acompanham o processo. Eles vão elaborar dois relatórios, um dos quais destinado ao Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra. Segundo o porta-voz da ACHR, Haytham Manna, "há muitas incógnitas no caso Allouni".

O processo contra a suposta célula da Al Qaeda, que o juiz Baltasar Garzón começou a desmantelar apenas dois meses depois dos atentados de setembro de 2001, vai durar provavelmente dois meses. O juiz Garzón indiciou ainda 17 pessoas, todas foragidas, entre elas Osama Bin Laden.




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