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Anistia pede que ONU atue na China e na Chechênia
Do Diário do Grande ABC
17/03/2000 | 15:53
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A Anistia Internacional pediu nesta sexta-feira aos órgaos de direitos humanos da Organizaçao das Naçoes Unidas (ONU) para que deixem de lado as consideraçoes política e adote uma posiçao firme com relaçao aos abusos na China e na Chechênia.

A previsao é de que os dois temas dominarao a Comissao de Diretos Humanos da ONU, integrada por 53 naçoes, que irá se reunir da próxima segunda-feira até o dia 28 de abril.

Outro organismo influente, o Human Rights Watch, com sede em Nova York, também pediu à comissao que se pronuncie sobre a China e a Chechênia, apesar do risco de irritar os governos de Pequim e de Moscou.

A Anistia disse ainda que a comissao deveria estudar o caso da Arábia Saudita, mas reconheceu que nenhum país parece disposto a apresentar o problema. Também quer que os membros se pronunciem sobre os abusos no México. 'Há vários intocáveis na comissao``, disse Isabelle Scherrer, representante da Anistia na ONU. 'A China é um dos intocáveis há anos. Veremos se desta vez nao se rompe o impasse``, disse Scherrer.

O governo americano anunciou no dia 11 de janeiro que apresentará uma resoluçao de crítica à China devido ao que chamou de 'deterioraçao contínua de sua trajetória em matéria de direitos humanos``. A resoluçao foi rechaçada no ano passado e em sete tentativas anteriores de apresentá-la. Pequim tem o apoio dos países em desenvolvimento, majoritários na comissao. Os dois grupos tentarao pressionar os membros antes da sessao. No ano passado, a Uniao Européia se absteve de apoiar uma resoluçao, já que optou pela diplomacia e pelo diálogo. Ainda nao fixou uma posiçao desta vez.

Desde 1998, China aplica a repressao mais enérgica já vista em uma década. Mandou prender 21 membros do partido de oposiçao Democracia Chinesa por subversao e deteve milhares de membros do Falun Gong, grupo tradicional de cura e meditaçao, que o governo chinês considera um culto perigoso.

A diretoria do Departamento Legal de Anistia, Stephanie Farrior, disse que a China ' tem a taxa mais elevada de execuçoes no mundo'`. Em 1998, impôs 2.700 penas de morte e executou 1.769 pessoas.




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