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Estacionamento é bom negócio em SP
Do Diário do Grande ABC
21/01/1999 | 17:28
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Em uma cidade insegura e onde as vagas para guardar o carro sao cada vez mais raras, os estacionamentos se tornaram um bom investimento. Afinal, os custos sao relativamente baixos e a rotatividade de clientes muito grande. Na capital há cerca de seis mil estabelecimentos em operaçao.

Empresários do setor, porém, alertam que o sucesso depende de vários fatores, como a localizaçao e os custos da área do empreendimento. "O ramo é bom, até porque nao lidamos com estoque", diz o proprietário da Rede Polipark, Lindolfo Pereira. Porém, ele lembra que os lucros estao ligados ao custo do terreno, impostos, folha de pagamento de funcionários e o seguro.

"As vezes a pessoa fatura R$ 20 mil por mês, mas tem de pagar a metade pelo aluguel do terreno", lembra. Caso a pessoa seja dona de um terreno bem localizado, aí o negócio realmente compensa, segundo Pereira.

A movimentaçao mensal dos estacionamentos nao é revelada. Mas, para se ter uma idéia, basta multiplicar o preço cobrado pela hora em locais movimentados - R$ 3,00 em média - por um movimento de 100 carros por dia, por exemplo. "Aí a pessoa pode ganhar até R$ 20 mil por mês", calcula Pereira.

O empresário lembra que até em regioes muito movimentadas, como a Avenida Paulista, a concorrência é grande e muitas pessoas evitam ir de carro, para nao ter de pagar para estacionar o carro. "O acesso fácil de metrô estimula as pessoas a deixarem o carro em casa", argumenta.

Para Danilo Carrari, da Heypark, o sucesso do empreendimento depende da administraçao. "É necessário uma uniao maior entre os donos de estacionamentos, até para diminuir o aluguel dos terrenos", diz. "Geralmente os donos de terrenos querem cobrar muito caro, pois pensam que vamos ganhar muito dinheiro", explica Carrari.

Mesmo quem tem um terreno, diz, acaba perdendo dinheiro. "Ele deixa de ganhar, pois cobra mais barato por ser o dono da área", salienta Carrari.

"O negócio já foi muito melhor", afirma Luis Alberto, gerente de um estacionamento na Rua Tabatingüera, no centro da cidade. A decadência do centro e concorrência, afirma, prejudicaram o movimento do estacionamento, instalado há 20 anos e que atualmente trabalha apenas com mensalistas. "A concorrência obriga a baixar os preços, o que diminui a margem de lucro".

Opiniao semelhante tem o dono de um estacionamento na Avenida Cásper Líbero, que nao quis se identificar. Segundo ele, a decadência do centro fez com que muitas pessoas se mudassem, o que diminuiu o movimento.




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