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Procura por empréstimos sobe 12,9% no trimestre
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
07/04/2011 | 07:02
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O número de pessoas que buscaram dinheiro na praça cresceu 5,7% em março, no comparativo com fevereiro. Assim, a demanda por crédito teve expansão de 12,9% no primeiro trimestre, contra os três primeiros meses do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pela Serasa Experian.

Apesar da alta expressiva, o resultado demonstra um esfriamento na procura por empréstimos. Para se ter ideia, o ritmo de expansão na procura por crédito em 2010 foi de 16,4% - 3,5 pontos percentuais a mais do que o obtido até agora.

De janeiro a março do ano passado, a demanda havia subido 21,6% - quase dez pontos percentuais acima do registrado neste ano. O gerente de indicadores de mercado da Serasa, Luiz Rabi, pontuou, entretanto, que esse número perde um pouco da expressividade, porque no mesmo período de 2009 o mundo passava pela crise econômica mundial.

"No último trimestre foi quando o BC (Banco Central) começou a pôr freios para conter avanço do crédito e também da economia. Os empréstimos estavam crescendo na casa de 20%", ressaltou o especialista.

A alta procura pelos financiamentos registrada no acumulado de 2011 indica que serão necessárias medidas adicionais para conter a inflação, na análise de Rabi.

Entre as opões do governo estão novos incrementos na Selic (taxa básica de juros, atualmente 11,75%) e demais medidas macroprudenciais, como a elevação da taxa que os bancos devem deixar no BC das reservas disponíveis para empréstimos. O que, por tabela, ajuda a reduzir oferta, encarecendo-os.

Sobre a desaceleração ainda tímida na expansão dos empréstimos nos três primeiros meses do ano, o economista afirmou que os resultados serão sentidos pelos consumidores de forma mais acentuada nos próximos meses. "As ações demoram efetivamente de seis a nove meses para serem percebidas de forma integral", contou. Assim, a previsão é de que isso deva ocorrer a partir de julho.

RANKING

No estudo, a entidade apontou que os consumidores de baixa renda, que ganham até R$ 500 por mês, continuam liderando o ranking dos que procuram os financiamentos. A expansão foi de 48,6% sobre o primeiro trimestre de 2010. Neste ano, houve a mesma corrida pelo endividamento.

A faixa com ganhos de R$ 5.000 a R$ 10 mil no mês tiveram alta na demanda na ordem de 24,6%.




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