Esta será a nona eleição geral espanhola desde a volta da democracia ao país, em 1975. O Partido Popular (PP, direita), que governa a Espanha desde 1996, era favorito de acordo com as pesquisas divulgadas até a última segunda-feira, mas os atentados estabeleceram uma grande dúvida sobre como o eleitorado reagirá ao massacre.

"Os políticos começaram a raciocinar que, se o ato foi obra do ETA (grupo separatista basco), isso significará votos ao PP, que sempre adotou uma postura firma contra a organização. Mas se a responsabilidade foi da rede terrorista Al Qaeda, os votos irão para os outros", explicou uma fonte ligada ao PP no País Basco, que pediu anonimato. "A verdade é que estamos perdidos. Não sabemos com certeza como a tragédia de Madri pode influenciar o voto", admitiu.

O atual presidente do governo espanhol, José María Aznar, não disputará a reeleição, após oito anos à frente do país. Em seu lugar o PP indicou o conservador Mariano Rajoy, 48 anos. O socialista José Luis Rodrígues Zapatero, 43, também disputa o comando do palácio de La Moncloa. O terceiro candidato é Gaspar Llamazares, 46, da Esquerda Unida (IU, comunista).