O desfile do Grupo de Acesso de São Paulo foi uma festa corintiana. A torcida alvinegra invadiu o sambódromo. Das 20 mil pessoas que estiveram no Anhembi na madrugada de segunda-feira, mais da metade torcia pela Gaviões da Fiel, que saiu do Anhembi como favorita para voltar à elite do samba.

Com um enredo sobre José de Anchieta, a escola esbanjou luxo, competência técnica e garra. Foram 58 minutos de euforia nas arquibancadas. Chamaram a atenção do público as alas totalmente coreografadas e a pegada da bateria. Calejada pelos incidentes de outros carnavais, a escola preferiu não ousar. O abre-alas com o gavião, por exemplo, não apresentava grandes dimensões. O show corintiano preferiu seguir a beleza das musas Sabrina Sato e Livia Andrade e da rainha da bateria, Mariane Rodrigues, com quatro meses de gravidez.

Além da Gaviões, estão no páreo as tradicionais Leandro de Itaquera e Camisa Verde e Branco, que realizaram desfiles técnicos e de alto nível. Destaque para o leão do abre-alas da Leandro, que rugia na passarela. Já a Camisa tinha comissão de frente criativa e bateria ousada, com direito a paradinhas.

A Flor de Liz teve a difícil missão de abrir a noite e pegou o público frio. A Imperial sofreu com a chuva. Seus carros foram salvos a tempo, mas o desfile foi morno. O último carro da Unidos de São Lucas quebrou depois da concentração. Morro da Casa Verde e Barroca Zona Sul voltaram a animar o público. A Dragões da Real, oriunda da torcida do São Paulo, jogou no campo inimigo e a Acadêmicos do Tatuapé fechou o desfile.