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Filipinos ficam em suas casas, mesmo com vulcao
Do Diário do Grande ABC
25/02/2000 | 12:37
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Pelo menos 40 mil pessoas foram evacuadas da regiao do vulcao Mayon, que entrou em erupçao quinta-feira. Este número corresponde a 7.733 famílias, segundo o Centro Regional de Coordenaçao das Filipinas. No entanto, em alguns povoados, as pessoas permanecem nesta sexta-feira em suas casas, apesar do perigo e das advertências das autoridades.

Camponeses como Igmedio Morán continuam cultivando seu pedaço de terra, ao pé do vulcao Mayon, que de vez em quando cospe um jorro de lava, prova de que a ameaça de uma forte erupçao persiste.

Para o povo da regiao, que vive num perímetro de 6 km ao redor do vulcao, considerado como zona de perigo permanente, a vida, ainda sob a ameaça de uma erupçao, é mais segura que no setor chamado de ``reinstalaçao', batizado Tagatay, a vários quilômetros dali.

Apesar da calma desta sexta-feira, na véspera se elevava da cratera do vulcao uma densa coluna de fumaça avermelhada, de cerca de 10 km de altura, que escureceu o céu das aldeias da regiao. Pelas encostas do vulcao, que tem uma altitude de 2.462 metros, descia a 70 km por hora um rio de cinzas e pedras incandescentes.

Segundo as autoridades, o aumento brusco do número de refugiados agravou a situaçao, já precária, nos centros de refugiados, sobretudo no que diz respeito a alimentos. O camponês Morán, 48 anos, conta que das 400 famílias que moravam na localidade de Anoling, quase todas fugiram após a forte erupçao de quinta-feira.

Muitos homens como ele voltaram esta sexta-feira para alimentar o gado e juntar o que pudessem, como legumes, cereais e arroz que se salvaram da erupçao. ``Nao podemos evitar voltar aqui, porque nos centros de reinstalaçao nao há nada para comer', explica durante uma breve pausa, em sua casa de pedra situada ao pé do vulcao.




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