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Presidente da Standard & Poor's deixa o cargo
23/08/2011 | 08:42
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Deven Sharma vai deixar a presidência da agência de classificação de risco Standard & Poor?s e será substituído por Douglas Peterson, chefe de operações do Citibank, segundo declarações de pessoas próximas ao assunto citadas pela versão online do jornal britânico Financial Times. Sharma ficará até o fim do ano como conselheiro do McGraw-Hill, grupo proprietário da agência.

A saída de Sharma acontece poucas semanas depois de a S&P ter alterado o rating (nota) de crédito dos Estados Unidos de AAA para AA+, o primeiro rebaixamento na história do país, levando os mercados financeiros no mundo todo a registrarem fortes quedas e muita volatilidade.

Segundo as mesmas fontes, a saída de Sharma não tem relação nem com o rebaixamento do rating nem com a investigação iniciada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em torno das altas avaliações de risco atribuídas pela S&P aos créditos imobiliários podres (subprimes) concedidos por instituições financeiras americanas na década passada - os causadores da crise de 2008.

A decisão de substituir Sharma teria sido tomada ontem pelo conselho da McGraw-Hill, em reunião que também reviu as estratégias do grupo.

Ainda de acordo com as fontes citadas pelo jornal, a procura por um nome para substituir Sharma começou há seis meses.

A agência de classificação tem sido alvo de intensas críticas depois de rebaixar a nota dos Estados Unidos. A decisão ocorreu logo após uma difícil batalha do presidente americano, Barack Obama, para conseguir o consenso entre democratas e republicanos na questão da elevação do teto da dívida pública. Um acordo foi conseguido no prazo final (dia 2) e o rebaixamento foi anunciado no dia 5.

Sharma começou a trabalhar na S&P em 2006 como vice-presidente executivo e foi nomeado presidente no ano seguinte. Nos cinco anos que precederam sua ida para a agência, ele trabalhou para outras empresas do grupo.

Defesa

A S&P justificou ontem sua decisão de rebaixar o rating de crédito soberano dos Estados Unidos e afirmou que a oscilação do mercado não vai impedi-la de fazer outros cortes quando considerar justificado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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