Os veteranos americanos que lutaram na guerra do Vietnã sofrem menos traumas relacionados com suas experiências em combate do que se supunha, afirma um estudo divulgado nesta sexta-feira.
Publicado na revista científica americana Science, o informe conclui que um em cada cinco soldados sofreu estresse pós-traumático, uma proporção menor do que se acreditava e que situava em um em cada três o número de afetados, com base num estudo semelhante realizado em 1988.
"O que se aprendeu, e o que ainda se pode aprender, do estresse pós-traumático dos veteranos do Vietnã, poderá ser aplicado à compreensão dos riscos psicológicos dos veteranos da guerra do Iraque", afirma a revista.
"Existem semelhanças entre o Vietnã de então e o Iraque de hoje. Ambas são guerras sem frentes, nas quais com freqüência é difícil diferenciar os civis pacíficos dos inimigos", acrescenta.
Mais de 30 anos depois do fim da guerra, o estudo afirma que apenas 9% dos veteranos do Vietnã ainda apresentam conseqüências psicológicas de sua experiência em combate.
A imensa maioria dos que sofreram estresse pós-traumático estavam em situações em que sua vida esteve ameaçada.
A visão da morte de camaradas é outro dos motivos mais citados como causadores deste tipo de desordem.
O estudo foi elaborado por cientistas do Instituto psiquiátrico do estado de Nova York, da Universidade de Colúmbia, do Centro Médico e hospital universitário de Brookdale, situado no bairro nova-iorquino de Brooklyn, assim como das universidades de Harvard e Boston.
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