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Faltam pesquisadores para Censo
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
26/03/2010 | 07:00
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Com 2.582 vagas disponíveis para pesquisadores na região, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) enfrenta dificuldades para conseguir atingir o número mínimo de inscritos para realização do Censo 2010. Ontem, último dia de inscrição nos postos físicos para os recenseadores, apenas 2.349 pessoas haviam demonstrado interesse em concorrer ao concurso, o que significa que com apenas dez dias até o fim do período de adesão 9% das vagas do Grande ABC ainda estão disponíveis.

Com a proximidade do prazo final, supervisores da região mostram preocupação com a falta de profissionais e apostam na prorrogação das inscrições para evitar problemas. "Queríamos, pelo menos, duas pessoas por vaga, mas, na maioria das cidades, ainda não conseguimos nem atingir o número mínimo de inscritos. Está muito mais difícil do que em outros anos", avalia José Antonio Gomes Fontes, coordenador do IBGE da área de Santo André e São Caetano.

Segundo o supervisor, a retomada do crescimento e o aquecimento do mercado de trabalho têm dificultado ainda mais o preenchimento dos postos. Apesar da necessidade do concurso público, as vagas são temporárias e duram apenas durante o período do censo, que vai de agosto até o fim de novembro. "A remuneração varia de R$ 800 a R$ 1.600 em São Caetano, mas isso muda de acordo com a produtividade do recenseador. É uma oportuinidade para quem tem tempo disponível", afirma.

No entanto, o supervisor de São Bernardo, Reynaldo Beliziario Gomes Oliveira, salienta que os ganhos variam de acordo com a cidade e também pelo número de casas visitadas prelo profissional. "São faixas de municípios. Os menores têm rentabilidade maior, São Caetano fica em torno de 10% ou 15% a taxa amostral. Em São Bernardo é 5%. Com isso, uma média de 300 domicílios visitados por mês dá remuneração de R$ 800 a R$ 1.100."

Cada profissional deve trabalhar, em média, cinco horas diárias, o que faz com que o instituto conte - e até prefira - a inscrição de donas de casa e aposentados para preencher as vagas disponíveis. "É um trabalho que não atrai muita gente, mas é uma boa possibilidade para pessoas que buscam rendimento, pelo menos nesse curto período e que tenham responsabilidade e experiência", atesta Fontes.

A maior ausência de inscritos acontece em São Bernardo, Mauá e Diadema. O coordenador da área Oliveira avalia que a necessidade de fazer um curso integral pelo período de cinco dias é o que mais dificulta o interesse pelos postos. "É necessário adquirir o conceito da pesquisa. O curso é remunerado, mas muitos desistem por causa dele", diz.

As inscrições custam R$ 18 e podem ser feitas até o dia 4 pela internet pelo site www.cesgranrio.org.br.




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