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Livre-se do vitiligo
Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
17/02/2008 | 07:10
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Muitos dizem que o vitiligo, doença caracterizada pela falta de pigmentação na pele, não tem cura, já que não há como diagnosticar a causa. Por mais que essa informação seja difundida, especialistas afirmam que, quanto antes seja tratado, as chances de acabar com as manchas brancas são grandes, principalmente se aliar vários dos métodos disponíveis.

Estresse, hereditariedade, distúrbios emocionais, entre outros fatores, são apontados como os possíveis causadores da patologia. “Existem várias teorias para destruição dos melanócitos (responsáveis pela pigmentação). Por isso, torna-se uma doença totalmente imprevisível”, diz a dermatologista Adriana Alves Ribeiro, do Hospital Cristóvão da Gama.

Segundo a especialista, assim que as manchas começarem a aparecer, o indicado é procurar um profissional, já que elas se alastram rapidamente. “Tem de ser feito um controle do problema, porque se aparece no joelho direito, logo aparecerá no esquerdo também.”

TRATAMENTO

O dermatologista Juliano César de Barros, de Santo André, diz que o tratamento depende da situação do paciente. Entre os mais usados, estão a ingestão de remédio ou o uso de pomadas sobre a mancha, sessões de fototerapia – nas quais a pessoa se expõe artificialmente à radiação ultravioleta – e o método a laser.

Os especialistas costumam recomendar, aliado a este tipo de cuidado, o tratamento psicológico. “Em pacientes com distúrbios emocionais, quando são associadas essas duas opções, obtêm-se melhores resultados.”

Adriana acrescenta que existe o transplante dos melanócitos, que são injetados na pele com vitiligo. Há a opção ainda de implantar uma parte da pele de outro lugar do corpo, para que a cor se espalhe.

Depoimentos 

“A minha primeira mancha apareceu em 2003, quando morava no Piauí. Fui ao médico e ele disse que era pano branco (micose), então apenas passei pomada. Quando vim para São Paulo, há três anos, apareceu uma outra mancha e procurei um dermatologista. Fiz exames e foi constatado vitiligo. Fiquei desesperada e então decidi fazer tratamento, que deve durar até o ano que vem. Já sumiu quase tudo.”

Eva de Jesus Souza Silva, 42, diarista, Diadema

“O primeiro tratamento que fiz, há 20 anos, deu muito resultado. Com apenas um ano, cerca de 80% das manchas sumiram. Por problemas financeiros parei de tomar os remédios. Alguns anos depois, parte do vitiligo voltou, inclusive na testa. Como passei muito tempo sem tratar, fica difícil a melanina voltar, mas ainda assim estou tomando remédio e me expondo ao sol todos os dias.”

Silvana Presas Rodrigues, 45, dona de casa, Santo André 

 




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