Há dez anos era impossível até imaginar que pudesse acontecer o que os torcedores que lotaram a Arena do Futuro, ontem, testemunharam. O handebol masculino do Brasil fez 33 a 30 na Alemanha, atual campeã europeia e líder do ranking – os brasileiros aparecem apenas na 27ª posição na listagem – e deu passo gigantesco para se garantir pela primeira vez na história nas quartas de final.
Agora, os donos da casa, que haviam surpreendido a Polônia (34 a 32) e perdido da Eslovênia (31 a 28), precisam de um empate. O próximo desafio será diante do Egito, campeão africano, às 16h40 de amanhã, e o último confronto da fase, contra a Suécia, que ainda não venceu na Olimpíada.
Os brasileiros fizeram questão de enaltecer o apoio da torcida, fundamental em muitos momentos do jogo, que teve diversas alternâncias no placar. “Tem que manter o foco, jogar com seriedade como hoje (ontem). Ganhamos dos atuais campeões europeus. Essa torcida maravilhosa, sem palavras. Agora é manter os pés no chão”, comentou o central Henrique Teixeira.
Já o armador Thiagus Petrus, que atua no Mol-Pick Szeged, da Hungria, aproveitou o momento de euforia para criticar a falta de incentivo na modalidade no Brasil. “A gente está no caminho certo, por mais que a Liga Nacional e os clubes brasileiros sejam um desastre, e que não tenha investimento. Esta vitória mostra que o crescimento dos atletas que saíram do País para jogar no Exterior melhorou nosso nível”, constatou o jogador.
Mulheres buscam recuperação e vaga nas quartas contra Angola
A Seleção Brasileira Feminina de Handebol volta à quadra hoje com dois objetivos. O primeiro é mostrar que a derrota para a Espanha (29 a 24) na última rodada não mudou a confiança do grupo e o segundo é derrotar Angola, às 9h30, para garantir matematicamente vaga nas quartas de final com uma rodada de antecedência.
A campanha do Brasil é satisfatória. Apesar do revés para as espanholas, o grupo soma vitórias contra Noruega, atual bicampeã olímpica, e Romênia, bronze no Mundial. Hoje, o desafio deve ser mais tranquilo, apesar de o técnico Morten Soubak não concordar. “Temos consciência que Angola vem com grande equipe. Em Londres ganhamos delas por só dois gols”, destacou.
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