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Energia limpa

Nissan cria sistema capaz de mover carro elétrico por meio de abastecimento com etanol

Vagner Aquino
Enviado ao Rio de Janeiro (RJ)
12/08/2016 | 07:15
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Divulgação


A Nissan está com a bola toda. Patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a marca – que abriu as vendas do utilitário Kicks ao público na última semana – aproveitou o cenário da Cidade Maravilhosa e lançou duas novidades: o BladeGlider (que você confere os detalhes abaixo) e a minivan e-NV200 dotada da tecnologia e-Bio Fuel-Cell.

Nesta última, a novidade não é o carro em si (que já é vendido lá fora), mas a tecnologia que carrega por baixo da carroceria. Pois é, trata-se de um veículo elétrico equipado com o sistema Sofc (Solid Oxide Fuel Cell, que em português significa Célula de Combustível de Óxido Sólido).

A grosso modo, a minivan – que é movida por motor elétrico, capaz de chegar a 130 km/h – tem célula de combustível (e-Bio) alimentada por etanol, puro ou com até 55% de água, que gera eletricidade para carregar a bateria de 24 kWh. Isso quer dizer que, ao contrário das preexistentes células de hidrogênio, aqui é possível facilitar, por exemplo, o abastecimento – já que o combustível é encontrado a rodo no Brasil.

“O País é grande produtor (da cana-de-açúcar), por isso é o lugar perfeito para lançar o carro, que entrará em fase de teste e pode chegar às ruas até 2020”, afirmou o CEO da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn.

Em custos, o pessoal da tecnologia da aliança Renault-Nissan afirma que é possível rodar dez quilômetros com apenas R$ 1. Mesmo com 30 litros de capacidade, o tanque rende autonomia de 600 quilômetros.

Falando em expectativas, Ghosn afirma que pretende alcançar 15% de market share no Brasil somando as duas marcas. “Para atingir essa meta, nós não apostamos em discursos, mas em realidade, em produtos.”

Esportividade e ecologia reunidas em um único veículo: o BladeGlider

Portas com abertura em formato tesoura, teto aberto, configuração de chassi com bitola dianteira estreita e traseira larga, para-brisa contínuo (sem colunas). Essas são algumas das características do Nissan BladeGlider. Nunca ouviu falar? Também, pudera, pois só agora ele foi apresentado ao mundo. Em 2013 (no Salão de Tókio, no Japão) era apenas carro conceito.

E a Nissan colocou o protótipo na pista – Autódromo de Guapimirim, no interior do Rio de Janeiro – para que um seleto grupo de jornalistas pudesse sentir seu comportamento. O Diário deu algumas voltas pegando carona com o piloto de testes Darren Cockle.

O interior não é confortável, mas tem espaço estendido para as pernas de quem vai atrás – sim, há apenas um banco na frente e dois lugares na parte traseira. Os cintos têm quatro pontos para todo mundo. Mas o que importa, de verdade, aqui é a tecnologia em questão.

Apesar do design futurista, o BladeGlider combina prazer ao dirigir e sustentabilidade. O motor elétrico é fornecido pela Williams e capacita o modelo a bater os 190 km/h. Na reta do autódromo, chegou a 100 km/h. O tempo para isso é de apenas 5 segundos. A tração é traseira.

No painel, tudo é digital. No centro do volante, uma tela exibe informações úteis como o modo de regeneração, por exemplo. A fim de melhorar a aerodinâmica, a novidade não tem retrovisores externos – eles foram substituídos por câmeras. A potência é fornecida por bateria de íons de lítio. 




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