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Código de Ética continua emperrado em Sto.André
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/08/2011 | 07:23
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Apesar da promessa firmada antes do recesso de que a apreciação do Código de Ética e Decoro Parlamentar em Santo André se daria na segunda sessão do segundo semestre, os vereadores adiaram ontem, mais uma vez, projeto que delimita comportamento de ações legislativas. Mais do que isso: os 66 itens da ordem do dia foram postergados por acordo entre lideranças, assim como aconteceu na terça-feira, quando nenhum texto contou com aprovação no plenário.

Nos corredores da Câmara ficou claro que não existe consenso em torno do projeto. Enquanto parte considera maleável o substitutivo apresentado pelo vereador Israel Zekcer (PTB), outra parcela na Casa avalia que a matéria apenas teria crivo favorável caso se mantivesse molde semelhante ao original, desarquivado em 2009 por Antonio Leite (PT).

Ao ser questionado, o petebista foi taxativo ao analisar as razões de o projeto ser empurrado com a barriga. "Estão enrolando", citou. "Ficaram de trazer duas ou três alterações, só que não cumpriram. Isso que tiveram o mês todo para estudar emendas." O termo de conduta teve aprovação em primeira discussão na última sessão antes do recesso. "Dá para perceber que querem adiar um pouco." A tendência é que o código entre na pauta novamente na terça-feira.

Entre os problemas citados para o entrave, a questão sobre nepotismo cruzado de vereadores com cargo de parente na Prefeitura ou em empresas que são contratadas para realizar serviços terceirizados. "Ficou dúvida neste quesito, que alguns ficam reticentes."

O líder do governo, vereador Donizeti Pereira (PV), se eximiu de qualquer responsabilidade da postergação do projeto. Segundo o verde, ele só pediu adiamento depois de acordo dos 21 parlamentares. "Se maioria dos vereadores pede para adiar vou fazer o quê?Não dá para procurar bode expiatório nesta história."

Donizeti disse que está faltando vontade de conversar sobre os projetos. "Não temos conseguido sentar para discutir as matérias do dia." Nos bastidores, comenta-se que o baixo nível da atual legislatura tem sido demonstrada pela improdutividade da Câmara. Outro ponto é a falta de projetos enviados pelo Executivo. "Há paralisia no governo. Não tem andamento. Parece que a Casa entrou em ritmo eleitoral", afirmou Tiago Nogueira (PT).




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