No Terminal Rodoviário do Tietê, em Sao Paulo, o estudante Ronaldo Santos tentava se entender com os códigos para informar a namorada Camila, que mora em Caraguatatuba, no litoral, do horário de saída do ônibus. "Nao sei muito bem sobre essa mudança de números, nao está caindo na casa dela." Para ligar a cobrar para Camila, o estudante lembrou-se corretamente de utilizar o 9021, mas confundiu-se no momento de apertar o código da cidade depois desse número, por isso, ouvia uma gravaçao. "Tem de discar tudo isso?"

Até por volta das 10 horas, a reclamaçao era unânime sobre a impossibilidade de se realizar uma chamada para fora de Sao Paulo. Davina Araújo da Costa tentou ligar para o Rio diversas vezes, usando corretamente o 021 antes do código da cidade (21), em vao. "Como o telefone só ficava mudo, desisti e deixei recado num celular, que nao teve mudança para ligar." Ao desembarcarem no terminal, vindas de Sao José dos Campos para passar as férias na casa de uma prima, as irmas Natália Harue e Manuela Hiromi Komo também optaram pelo número da Embratel na hora de ligar, de um orelhao da Telefônica, para o pai e avisar da chegada.

"Eu acho a Telefônica mais simpática", dizia Klaus Ahrens, que mora em Atibaia. "Mas ainda bem que para ligar daqui de Sao Paulo para a minha casa continua tudo igual." Poucos como ele demostraram preferência pela prestadora paulista. "É mais fácil guardar um número que sirva para todos os lugares", afirmou Antônio Paiva, depois de completar ligaçao para Teresina (PI).