O nome remete a outras coisas, como voo de asa-delta, paraglider, paraquedas, parapente ou algo parecido, mas não. Este não necessita de aula, apenas algumas instruções e o ajuste dos equipamentos para percurso de seis tirolesas, com 1.240 metros de extensão no total, sobrevoando o vale do Jacaré-Pepira a 60 metros de altura, passando sobre três das 35 cachoeiras que fazem parte do rio. Para a largada não é preciso caminhada longa até o início. O local é bem próximo da sede do Eco Parque.

São sete bases, cada uma com um instrutor para fazer a troca, muito rápida, de um cabo de aço a outro, para continuar a tirolesa, todos com experiência e agilidade para não deixar a adrenalina baixar. Tanto praticando quanto vendo de baixo, é excepcional. Nem dá tempo de sentir qualquer coisa que não a sensação de liberdade, de o vento batendo no rosto, de realmente estar voando sobre a belíssima paisagem. A vista é exuberante, situação privilegiada proporcionada pelas maravilhas da natureza. É tão tranquilo que dá tempo até de tirar fotos ou fazer um vídeo com o corpo girando 360 graus.

O retorno é por trilha no meio da mata fechada. São cerca de 30 minutos de caminhada sentindo o cheiro das plantas, observando os bichos e ouvindo os cantos das cerca de 170 espécies de pássaros que habitam o lugar. Suficientes para se recompor. Dois dos nossos, Wesley e Pamela, não puderam sentir esse gostinho, abriram mão. Depois, ouvindo relatos de quem enfrentou as atividades, ambos se arrependeram, mas já não dava mais tempo. Não naquele dia. Então, alguém fez o convite de formarmos novamente o grupo para estas e outras atividades radicais em Brotas. Proposta prontamente aceita. Afinal, foram experiências que ficarão para sempre na memória e com gostinho de quero mais.