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Desoneração de tributos deve continuar, diz Mantega
20/12/2009 | 07:27
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou na sexta-feira à noite, em discurso durante evento em que recebeu o prêmio Homem do Ano 2009, concedido pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), que a política de desoneração de impostos pode continuar em 2010.

Ao quantificar a renúncia fiscal do governo nos últimos anos, ele afirmou que a redução da carga até agora pode não ser suficiente para acelerar os investimentos. "Nos últimos quatro anos, as diminuições de impostos em vários setores produtivos chegam a R$ 100 bilhões. Talvez ainda não seja suficiente e continuaremos nessa direção para dar mais competitividade à indústria brasileira", afirmou.

Após o encerramento do discurso, ao traçar perspectivas para 2010, Mantega observou que o País tem pela frente o desafio de empreender um novo ciclo de crescimento, com mais empregos e investimentos. "Certamente com menos impostos, com câmbio mais favorável e juros caindo cada vez mais."

Ele avaliou que o ano de 2009 foi bem-sucedido na medida em que a crise mostrou a capacidade do País para superar crises e aproveitou para mais uma vez fazer paralelo com o governo anterior. "Desta vez não fomos pegos de calças curtas como nas crises anteriores, graças ao crescimento da economia. Nas crises de 1994, 1997, 1998 não havia políticas anticrise. O Brasil reduzia juros, gastos, mas não impostos e as crises se agravavam, a indústria parava, o consumo diminuía", disse.

O setor representado pela Abimaq foi um dos grandes beneficiados pela desoneração e redução de juros em vários programas anunciados pelo governo ao longo do ano para conter a crise. Apesar disso, o discurso otimista de Mantega foi precedido de uma fala contundente do presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, que criticou a alta taxa de juros e o excesso de carga tributária, entre outros pontos.

Aubert alertou ainda para o fato de o câmbio estar reduzindo a produção brasileira de máquinas, em benefício das importações, e disse que o setor demitiu 25 mil pessoas neste ano.




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