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Polícia investiga suposta participação de guardas civis em morte de mendigos
Do Diário OnLine
Com Agências
30/08/2004 | 21:00
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A Polícia Civil está investigando a suposta participação de Guardas Civis Metropolitanos no assassinato de seis moradores de rua no centro de São Paulo, ocorridas a cerca de 12 dias. O delegado geral-adjunto da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Carlos dos Santos, confirmou a investigação e disse, nesta segunda-feira, que se não houvesse qualquer indício a Polícia Civil não teria pedido fotos e escalas dos guardas civis.

O secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Benedito Domingos Mariano, pediu ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que a Polícia Federal entre nas investigações sobre as mortes. Segundo o SPTV (Rede Globo), Mariano negou o envolvimento de guardas civis.

O secretário disse que o pedido foi feito com base na informação de funcionários do Hospital Ermelino Matarazzo, que apontou “indício de tentativa de indução” junto às vítimas dos ataques, Messias Rodrigues Moreira e José Manuel da Cruz, internados com quadro de traumatismo crânio-encefálico grave. “Pelo relato dos servidores, em nenhum momento se colocou outra alternativa a não ser a de guardas civis nos ataques. Esse é um testemunho nebuloso, muito em razão do estado de saúde dos pacientes”, declarou, acrescentando que as vítimas estavam impossibilitadas de prestar qualquer depoimento.

Mariano entende que novos depoimentos das vítimas devem ser acompanhados, “além da polícia civil”, por um promotor público, por um médico que possa analisar se o paciente está ou não em condições de falar e do padre Júlio Lancelotti, pelo trabalho que desenvolve com moradores de rua.

Ele informou que atendendo a uma solicitação, encaminhou ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) a lista de 119 guardas civis do município. Constam do relatório fotos, placas das viaturas, itinerário dos guardas na noite e madrugada em que os moradores foram atacados.




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