Os jacarés fazem parte do grupo dos crocodilianos, que surgiu há cerca de 230 milhões de anos, e são os parentes mais próximos dos dinossauros. Entretanto, tiveram mais sorte que os dinos e sobrevivem até hoje no planeta. Formam uma grande família com 23 espécies, entre jacarés, crocodilos e gaviais. Diferem entre si pelo formato da cabeça. Todos são carnívoros e vivem às margens de rios.

O jaracé-de-papo-amarelo é um dos mais populares no Brasil. Considerado de tamanho médio, sua denominação já identifica bem a espécie. O nome científico é Caiman (termo em latim utilizado para qualquer crocodiliano) latirostris (significa rosto largo; e ele tem cara larga mesmo!). O corpo tem coloração verde-oliva (os mais velhos são mais escuros), e o ventre é amarelado. Os filhotes alimentam-se de invertebrados, como insetos e caracóis; os adultos, de pequenos vertebrados, como peixes, capivaras e tartarugas.

A espécie corre baixo risco de extinção, mas foi muito caçada no século passado por causa do seu bonito couro que era usado por fabricantes de botas, roupas, bolsas e outros produtos. Hoje, seu maior inimigo é a degradação de seu habitat.

Ficha do Bicho
Nome: jarcáre-de-papo-amarelo
Nome científico: Caiman latirostris
Tamanho: 2 m (fêmea) e 3 m (adulto), entre e 60 kg e 80 kg
Distribuição geográfica: rios, pântanos, lagos da Mata Atlântica
Reprodução: constrói ninhos próximos à agua, onde bota de 20 a 60 ovos, que são incubados por um período entre 60 e 90 dias

Vive na terra e na água
O corpo dos crocodilianos é adaptado tanto à vida terrestre como aquática. Suas patas lhes permitem agilidade na terra, e sua longa cauda constitui excelente nadadeira. Habitam, em geral, locais próximos aos trópicos. sendo incapazes de sobreviver e reproduzir-se em ambientes frios. Como são animais de sangue frio, a temperatura do corpo é igual à do ambiente que os rodeia; por isso, no inverno, passam horas imóveis aquecendo-se ao sol. Quando faz muito calor, refrescam-se na água ou na sombra.

A temperatura é tão importante que determina até o sexo dos filhotes. Dos ovos chocados com mais calor nascem machos; as temperaturas mais baixas produzem fêmeas. Entre os répteis, são um dos poucos grupos que cuidam dos filhotes após o nascimento.