Délio Malheiros acusa a Embratel de ser 'conivente' com o tele-sexo, responsável somente este ano por 300 reclamaçoes nos dois Procons. Segundo ele, todas as ligaçoes para este tipo de serviço, em Minas, sao feitas através do código 21, da Embratel. 'E existem indícios de que as ligaçoes sao feitas para o exterior, mas retornam ao Brasil, onde sao atendidas, no Rio de Janeiro, por mulheres brasileiras', explicou. As ligaçoes para o tele-sexo, de acordo com Malheiros, nao sao discriminadas e aparecem nas contas apenas como telefonemas dados para o exterior, principalmente para Guiné Bissau, na Africa, e Moldávia, república que pertencia à antiga Uniao Soviética.
Procurada pela reportagem para explicar como funcionam os serviços de tele-sexo, a Embratel informou, por meio de sua assessoria de comunicaçao, que só vai se manifestar depois de ser notificada oficialmente pela Justiça. A empresa antecipou, por meio de uma nota, que nao tem nada a ver com os serviços de tele-sexo e apenas completa as ligaçoes feitas para os números que aparecem na tela da televisao. A Embratel, entretanto, nao explicou se as ligaçoes realmente sao feitas para o exterior e depois encaminhadas de volta ao país, como acusa o diretor do Procon da Assembléia Legislativa de Minas. De acordo com a nota da Embratel, as pessoas que quiserem podem solicitar o bloqueio das ligaçoes para os números do tele-sexo.
Uma atendente do serviço de informaçoes ao cliente da Embratel confirmou que a maioria dos números de tele-sexo sao da Guiné Bissau e da Moldávia. Segundo ela, as tarifas para os dois países variam de R$ 1,81 a R$ 2,87 por minuto, dependendo do horário da ligaçao.
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